O Ministério da Saúde pode fracionar as doses de vacina contra a febre amarela. A informação é que a pasta está estudando a medida para que um maior número de pessoas seja atingido. O efeito será o mesmo da dose comum, mas o tempo de duração muda. Quem receber a proteção fracionada vai ficar protegido por apenas 1 ano.
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Na última quinta-feira (30), durante o 3º Encontro da Rede Nacional de Especialistas em Zika e doenças correlatas (Renezika), em Brasília, o ministro da Saúde, Ricardo Barros, admitiu que ao tomar a vacina contra a febre amarela fracionada, a pessoa terá que ser imunizada novamente em um período de 24 meses.
Barros também contou que o fracionamento da vacina ocorre quando um diluente é adicionado e a ampola, que seria de 10 doses, se transforma em 50 doses, com apenas um ano de proteção.
A decisão pode sair na próxima terça-feira (4) quando o ministério deve receber o levantamento dos estados com informações sobre o número de doses extras de vacina necessárias para a imunização das áreas de risco. Com as informações, os gestores devem decidir a estratégia a ser adotada pelo governo.
Segundo Barros, além do fracionamento, o ministério também analisa a viabilidade de importação das doses. "Vamos adotar ou uma importação ou um fracionamento da vacina”, disse o ministro.
De acordo com a assessoria de imprensa do Ministério da Saúde, caso o fracionamento seja apontado como o melhor meio para proteger a população, as vacinas passarão a ser oferecidas em locais considerados emergenciais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que os países deem prioridade de imunização em áreas de riscos, onde a população vive ameaçada pelo vírus da febre amarela.
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Rio de Janeiro: das 64 cidades, apenas 44 têm quantidade suficiente de vacina
Mesmo após as liberações das doses das vacinas pelo Ministério da Saúde para os municípios do estado do Rio de Janeiro, das 64 cidades prioritárias para a imunização contra a doença 44 têm quantidade suficiente para imunizar toda a população, segundo a Secretaria de Estado do Rio de Janeiro nesta sexta-feira.
A lista de municípios prioritários para receber a proteção contra febre amarela é feita com base na avaliação constante do cenário epidemiológico do Rio e dos estados vizinhos Minas Gerais e Espírito Santo. O secretário estadual de Saúde, Luiz Antonio Teixeira Jr., explicou que o foco agora são as regiões mais vulneráveis, mas que a meta da pasta é imunizar a população dos 92 municípios fluminenses até o fim do ano, observando as contraindicações - cerca de 12 milhões pessoas.
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*Com informações da Agência Brasil