A campanha de vacinação contra o HPV e a Meningite C começou na última sexta-feira (7), e os meninos na faixa etária de 12 a 13 anos já podem se dirigir aos postos do Sistema Único de Saúde (SUS) de todo o país.

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Meninos já estão incluídos na campanha de vacinação contra o vírus do HPV e podem receber a imunização pelo SUS
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Meninos já estão incluídos na campanha de vacinação contra o vírus do HPV e podem receber a imunização pelo SUS

O que era restrito apenas a meninas até o ano passado, agora será para todos os adolescentes nessa faixa etária. O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer a vacina contra o HPV para meninos em programas nacionais de imunizações.

O objetivo é que a idade do público alvo seja ampliada, gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos de 9 a 13 anos, que, com a proteção irão ficar imunes aos cânceres de pênis, garganta e ânus - doenças que estão diretamente relacionadas ao vírus da doença.

O ministro da Saúde, Ricardo Barros, destaca a importância da vacinação em crianças do sexo masculino. “A inclusão dos adolescentes faz parte de um conjunto de ações integradas que o Ministério da Saúde tem realizado para conseguir mais resultados com os recursos financeiros já disponíveis.”

Ao todo, a expectativa é de que 99,5 mil crianças e jovens de 9 a 26 anos que vivem com o vírus do HIV, aids, passarão a receber as doses. 

Meninas também devem procurar imunização

As meninas que chegaram aos 14 anos sem tomar a vacina ou que não completaram as duas doses indicadas também devem procurar os postos de saúde. A pasta prevê que 500 mil adolescentes estejam nessa situação, o que é preocupante, já que a vacina protege contra câncer de colo do útero, vulva, vaginal e anal, além de lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e infecções causadas pelo vírus. 

Até 2016, a faixa etária para o público feminino era de 9 a 13 anos. Desde a incorporação da vacina no Calendário Nacional, em 2014, já foram imunizadas 5,7 milhões de meninas com a segunda dose, completando o esquema vacinal. Este quantitativo corresponde a 46% do total de brasileiras com essas idades.

“É muito importante que os pais tenham a consciência de que a vacinação começa na infância, mas deve ser continuada na adolescência. Pais e responsáveis devem ter, com os adolescentes, a mesma preocupação que têm com as crianças. A proteção vai ser muito maior se nós ampliarmos, cada vez mais, o calendário de vacinação da nossa população”, ressaltou a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações, do Ministério da Saúde, Carla Domingues.

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Fique de olho na carteira de vacinação

Tanto os meninos quanto as meninas devem tomar duas doses da proteção, com intervalo de seis meses entre elas. Já as pessoas que vivem com HIV, é necessário que a prescrição médica seja apresentada, pois a faixa etária para receber a imunização é mais ampla, 9 a 26 anos, e o esquema vacinal é de três doses, com intervalo de zero, 2 e 6 meses.

A vacina disponibilizada no SUS é a quadrivalente, e já é ofertada desde 2014 para as meninas. Confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal. 


O HPV é transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. Estimativas da OMS indicam que 290 milhões de mulheres no mundo são portadoras do vírus. Em relação ao câncer do colo do útero, estudos apontam que 265 mil mulheres morrem devido à doença em todo o mundo, anualmente. No Brasil, o Instituto Nacional do Câncer estima 16 mil novos casos.

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*Com informações da Agência Saúde

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