Depois de fazer depilação, bactéria entrou em contato com tecidos profundos da pele de mulher que teve sua pele
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Depois de fazer depilação, bactéria entrou em contato com tecidos profundos da pele de mulher que teve sua pele "comida"

Você já deve ter ouvido falar que os fungos e bactérias podem estar em todos os lugares. É por isso que manter sua pele e objetos que entram em contato com ela sempre higienizados é fundamental. Mas, mesmo assim, sua saúde pode estar em risco a partir de atos simples como o de se depilar ou barbear.

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E mesmo tomando cuidados, foi isso que quase matou a ex-chefe de cozinha, Dana Sedgewick, 44 anos, que depois de ter feito uma depilação  foi infectada por uma bactéria que fez com que a pele de suas pernas apodrecesse. Médicos chegaram a dizer que ela jamais andaria novamente.

A mulher, que vive em South Yorkshire, na Inglaterra, usou uma lâmina de barbear nova para fazer sua depilação, como de costume. "Como muitas mulheres, eu estava mantendo minha depilação em dia. Queria uma maneira rápida e acabei usando um aparelho com uma nova lâmina”, conta Dana.

No entanto, dois dias depois ela começou a se sentir mal. “Foi quando notei uma espécie de espinha em minha virilha que não parava de sangrar”, revelou ela. Os sintomas eram tonturas e náuseas, e por achar tudo estranho, ela decidiu visitar seu clínico geral, que a receitou antibióticos e outros remédios.

Mesmo com o uso da medicação, uma de suas três filhas notou uma erupção vermelha sangrando em sua perna pouco tempo depois. Nesse momento, a ferida era ainda maior, o que fez Dana correr para o hospital.  "Quando cheguei lá, minhas pernas estavam cobertas de uma carne negra e podre. Eu não acreditava que poderia sobreviver”, lembrou a ex-chefe de cozinha.

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Complicações

Daí pra frente a situação da inglesa só piorou: foram mais de 10 horas de cirurgia para tentar salvar a vida e as pernas de Dana. O trabalho consistiu em retirar sete centímetros de pele infectada, e reaplicar pele das costas da paciente no local.

Durante a cirurgia os médicos descobriram que ela havia desenvolvido sepsis, quando microorganismos venenosos entram na corrente sanguínea, e deram a ela apenas 30% de chance de sobrevivência. Seus começaram a falhar, e seu coração parou quatro vezes.

Para aumentar suas chances de sobrevivência, os médicos a colocaram em coma induzido por nove dias. Quando ela acordou e viu suas pernas contou que todo o seu músculo tinha apodrecido, e “tinha uma cratera de pele perto da virilha”.

Essa situação, que ocorreu em 2012, gerou quatro anos de cuidados médicos, com 21 operações realizadas para melhorar a aparência de sua pele. Hoje, Dana se recupera em casa, onde vive com seu marido e filhas, que a apoiaram durante todo o tratamento.

Doença é rara

O nome já assusta: fasciíte necrosante ou fasciíte necrótica acontece quando uma bactéria entra em contato com tecidos mais profundos da pele, e começa a “comê-la”. A doença é bastante agressiva e gravíssima, por age rapidamente e destrói o corpo da vítima.

Embora rara, ela pode começar a partir de uma pequena lesão, como um pequeno corte. São vários os tipos de bactérias responsáveis pelas enfermidades, algumas pessoas, inclusive, podem viver com ela no corpo, sem que ela se manifeste.

Não há como prevenir a doença, mas é importante que se tenha sempre uma atenção ao que acontece com seu corpo, e em sinais de quentura e vermelhidão na pele, procure um médico.

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