A Aids atinge 36,7 milhões de pessoas no mundo todo, e desde a sua descoberta, em 1981, provocou 36 milhões de mortes
Adair Gomes/ Imprensa MG
A Aids atinge 36,7 milhões de pessoas no mundo todo, e desde a sua descoberta, em 1981, provocou 36 milhões de mortes

Em 16 anos, o número de mortes relacionadas com a Aids na América Latina foi reduzido em 12%, entre os anos 2000 e 2016. Mesmo assim, ainda há dados preocupantes em países como a Bolívia, Guatemala, Paraguai e Uruguai, conforme apresentou o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (Unaids).

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No ano 2000, cerca de 43 mil pessoas morreram na América Latina por conta da Aids . Já em 2016, esse número caiu para 36 mil. De acordo com o último relatório apresentado em Paris pelo Unaids, esse declínio só se deu a partir da disponibilidade de tratamentos antirretrovirais.

Entre os principais países responsáveis pelo “progresso significativo” da diminuição das mortes relacionadas com a doença estão o Peru, com queda de 62%, Honduras 58% e Colômbia, 45%, durante o período, segundo a agência EFE.

Atualmente, o número de portadores de HIV na região está em 1,8 milhões e as novas infecções seguem estáveis desde o ano de 2010, com quase 100 mil casos por ano.

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Tratamento

Os soropositivos com acesso a tratamentos antirretrovirais quase dobrou em seis anos, indo para 58% a mais do que em 2010, quando pouco mais de 500 mil pessoas estavam cobertas por essa assistência, e agora abrange 1 milhão de cidadãos. A média mundial é de 53%.

Mesmo assim, o órgão apontou que “alguns países têm dificuldades em implementar seus programas” de medicação, como a Bolívia, onde apenas 25% das pessoas têm acesso ao tratamento, e o Paraguai com 35%. A crise econômica na Venezuela também colaborou para essa escassez de remédios.

Um dos problemas na América Latina é o elevado custo dos tratamentos "em vários dos países mais afetados pelo HIV ", segundo o órgão, que elogiou as "licenças obrigatórias" promovidas pelo Brasil e o Equador, que permitem reproduzir um medicamento patenteado se não for para uso comercial.

O HIV, classificado como ameaça para a saúde pública pela ONU, afeta um total de 36,7 milhões de mulheres e homens em todo o planeta, e desde a sua descoberta, em 1981, provocou 36 milhões de mortes.

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