Atualmente, 44 milhões de pessoas vivem com Alzheimer no mundo todo; a doença ainda não tem origem definida
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Atualmente, 44 milhões de pessoas vivem com Alzheimer no mundo todo; a doença ainda não tem origem definida

Uma das doenças mais devastadoras e temidas por seus sintomas e consequências é o Alzheimer. A condição, além de ser incurável vai se agravando com o tempo. Receber um diagnóstico como esse certamente não é uma situação fácil, mas já imaginou se você descobrisse isso antes dos 30 anos?

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Jayde Greene, de 27 anos, recebeu essa noticia há um mês. Após fazer um teste, ela descobriu que tem o mesmo gene que provocou Alzheimer em seu pai e provou sua morte prematura aos 52 anos.

Apesar de não ter desenvolvido os sintomas, os médicos afirmaram que eles podem aparecer entre os 42 e 45 anos. Jayde, que é casada, trabalha como enfermeira e tem um filho que ainda é bebê conta que quando recebeu a notícia ficou desolada, mas logo começou a pensar no seu filho.

“Tenho 15 anos para fazer a diferença. Se pudermos encontrar uma maneira de parar os efeitos da doença, talvez eu tenha a chance de ver um filho crescer”, disse ela ao Daily Mail. Enquanto isso, a britânica está passando o máximo de tempo com a família, registrando memórias com todos.

Um dos maiores medos dela é que seu filho, que tem poucos meses de vida, também tenha nascido com a mesma condição. “Não quero que ele tenha que lidar com o que eu tive que lidar quando convivi com meu pai e meus tios”, lamenta.

Fatores de risco

A notícia chegou quando a enfermeira já tinha decidido fazer o teste. Depois de ter vivido com o pai, que foi diagnosticado com a condição precocemente também, apresentando sinais de demência antes dos 50 anos.

"Ele começou a ficar esquecido, com a fala prejudicada e se assustava com frequência. Os médicos não reconheceram sua forma particular de Alzheimer, mas, posteriormente, descobriram que era uma mutação genética muito rara a causa desse início precoce”, contou Jayde.

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Outros três tios da britânica também tiveram a doença. Apesar de não ter tido muito interesse em tocar nesse assunto, ela decidiu encarar a situação este ano e se decidiu em fazer exames que poderiam investigar se ela teria ou não a doença.

"Assim que entrei na sala, eu sabia que era uma má notícia - havia outro médico lá e eu podia sentir a vibração que viria algo ruim”, contou Jayde sobre quando recebeu o resultado positivo do gene.

Tratamento

Além de ter criado uma página para arrecadar fundos para a Sociedade Britânica de Alzheimer, ela está participando de um experimento para tentar encontrar soluções para a doença. Os testes deverão durar quatro anos, e, apesar de não haver promessas sobre os resultados, Jayde está animada e feliz em poder colaborar para que, quem sabe, outras pessoas possam ser beneficiadas no futuro.

A doença, que acomete cerca de 44 milhões de pessoas no mundo todo e só tende a aumentar, de acordo com as projeções, ainda não tem uma definição concreta de sua origem. O que se sabe é que os declínios cognitivos começam aparecer geralmente na fase idosa da vida, e o caso de  sintomas ainda na fase adulta, como de Jayde, é raro. Não há cura, e os remédios para Alzheimer geralmente não conseguem ser tão eficazes. 

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