Ministro da Saúde, Ricardo Barro, anunciou que verba será destinada ao tratamento de crianças com microcefalia
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Ministro da Saúde, Ricardo Barro, anunciou que verba será destinada ao tratamento de crianças com microcefalia

Depois de ter afetado mais de 2,5 mil crianças com microcefalia desde 2015, – sem contar os outros mais de 2,5 mil casos que ainda precisam de confirmação – o Ministério da Saúde anunciou o repasse de R$ 26,8 milhões para duas ações que investirão no acompanhamento e estímulo precoce de bebês com a doença.

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A verba será destinada às crianças que nasceram com Síndrome Congênita do Zika, que engloba mais de uma malformação, sendo a microcefalia a mais conhecida. Na terça-feira (12), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que, desse total, R$ 15 milhões serão destinados a equipes de Núcleo de Apoio à Saúde da Família que contam com profissionais de fisioterapia.

Segundo a pasta, das 4.655 unidades existentes no país, 4.143 contam com esse tipo de profissional. Cada equipe receberá R$ 3,6 mil para aquisição de material destinado a estimular bebês a desenvolverem os sentidos e a coordenação motora.

Ajuda tardia?

Questionado sobre se os recursos para compra de material de estímulo precoce não teriam chegado tarde, já que os profissionais da área recomendam que o trabalho comece nos primeiros meses de vida e a epidemia de Zika afetou as gestantes principalmente em 2015, o secretário de Saúde do Recife  Jailson Correia declarou que existem bebês pernambucanos que têm a síndrome e estão fazendo 2 anos de idade.

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O município do Recife, por exemplo, aportou "os recursos possíveis" desde o primeiro momento para garantir o acolhimento e iniciar a reabilitação precoce, acrescentou Correia. "A gente sabe que, quanto mais cedo começa [o estímulo precoce], melhores os resultados. A chegada desses recursos agora é um reforço."

A neuropediatra Vanessa van der Linden, uma das primeiras médicas a identificar as malformações associadas ao Zika, disse que é preciso também que os recursos sejam usados para acompanhar as crianças mais velhas, nascidas no começo da epidemia. “Vai ser importante para entender como estão essas crianças, que tem em torno de 2 anos. A gente fazer uma avaliação padronizada a nível nacional. Porque eu só posso fazer tratamento se entender quais são os principais problemas: o que leva elas ao hospital, à piora do quadro.”

Zika

Desde que a epidemia tomou conta do país, foram feitas 14.577 notificações de possíveis casos da infecção do vírus, e registradas 883 mortes causadas pela síndrome. Em agosto deste ano, de acordo com o Ministério da Saúde, 20% dos casos foram confirmados, 21% permanecem em investigação e 44% foram descartados.

Os casos de microcefalia diminuíram mais de 92% em 2016 e 2017. Ainda de acordo com o ministério, a rede de reabilitação do Sistema Único de Saúde (SUS) conta com 2.323 serviços credenciados.

*Com informações da Agência Brasil

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