Para combater a leucemia, terapia foi desenvolvida para atacar uma nova estrutura das célula malignas: o antígeno CD 22
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Para combater a leucemia, terapia foi desenvolvida para atacar uma nova estrutura das célula malignas: o antígeno CD 22

Um novo estudo apontou que pacientes com leucemia resistentes aos tratamentos tradicionais poderão ter até 73% de chance de vencer o câncer com uma nova terapia genética. A novidade também promete funcionar até para aqueles que já tentaram outras técnicas de terapia genética.

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A pesquisa envolveu pacientes com leucemia e foi publicada nessa segunda-feira (20) na revista científica “Nature Medicine”. O resultado está relacionado ao sistema imunológico e deverá ser um dos tratamentos mais promissores para cânceres que ainda não têm terapia, de acordo com a publicação.

O processo se resume, basicamente, em retirar células de defesa do organismo do paciente para serem modificadas geneticamente em laboratório. A alteração servirá para que elas saibam reconhecer o tumor. Depois disso, as estruturas são injetadas novamente no indivíduo, e a partir daí, o organismo passa a “entender” quais são as células cancerígenas para combatê-las.

Apesar de parecer simples, muitos pesquisadores estão tentando desenvolver mecanismos desse tipo, mas nenhum experimento deu tão certo quando esse último. Isso porque os autores do estudo resolveu usar as células de defesa T para serem alteradas e “aprenderem” a atacar o antígeno CD 22, um novo tipo de estrutura presente nas células cancerígenas.

Um antígeno é o que deixa as células doentes e provoca uma reação do sistema imunológico. No entanto, até o momento, todos os testes de outras terapias tentavam eliminar o antígeno CD 19, que é uma estrutura que se perde naturalmente ao longo do tempo, enquanto o CD 22 se mantém no organismo.

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Pesquisa

A avaliação do CART CD 22 – nome dado à nova terapia - foi feita com base em testes em 21 crianças e adultos, incluindo 17 indivíduos que foram tratados com imunoterapia por CD 19. A remissão completa aconteceu em 73% dos casos, sendo cinco deles os tratados previamente com CD 19.

Já nos indivíduos em que a doença voltou a atacar, a causa foi atribuída à falha à baixa densidade do CD 22.

De acordo com os cientistas envolvidos na pesquisa, essa é a primeira vez que um estudo analisa a atividade clínica de terapias dirigidas para o antígeno CD 22. O objetivo é provar que mesmo quem já foi tratado com terapias genéticas pode ter mais um chance de eliminar o câncer.

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