Principal transmissor da febre amarela, o Aedes aegypti também é responsável pela dengue, zika e chikungunya
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Principal transmissor da febre amarela, o Aedes aegypti também é responsável pela dengue, zika e chikungunya

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo confirmou nesta sábado (6) ao menos três casos de febre amarela silvestre na Grande São Paulo. Desde o início do ano, duas pessoas morreram e outra está internada no Hospital das Clínicas por causa da doença. O estado de saúde dela não foi informado.

De acordo com a secretaria, as três pessoas teriam contraído a  febre amarela em Mairiporã. Esses são os primeiros casos confirmados da doença em 2018 e os primeiros óbitos registrados na Grande São Paulo.

Com isso, sobe para 12 o número de óbitos registrados no estado de São Paulo desde o ano passado. As mortes ocorreram nas cidades de Américo Brasiliense, Amparo, Batatais, Monte Alegre do Sul, Santa Lucia, São João da Boa Vista, Itatiba e Mairiporã.

Balanço da secretaria informa que 27 casos autóctones (quando a doença é adquirida dentro do próprio município) foram confirmados no estado de São Paulo desde 2017. Os casos foram registrados nas cidades de Águas da Prata, Campinas, Santa Cruz do Rio Pardo, Tuiti, Mococa/Cassia dos Coqueiros, Jundiaí e Mairiporã.

Segundo o órgão, a vacina contra a doença é indicada para áreas de risco previamente definidas e, nessas áreas com recomendação, a cobertura vacinal é de aproximadamente 80% nos últimos dez anos.

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“É importante deixar claro que o esquema vacinal é composto por dose única, conforme recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). A imunização não está indicada para gestantes, mulheres amamentando crianças com até 6 meses e imunodeprimidos, como pacientes em tratamento quimioterápico, radioterápico ou com corticoides em doses elevadas (portadores de Lúpus, por exemplo)”, informou a secretaria.

Com relação às mortes ou adoecimento de primatas não humanos como macacos e bugios, a secretaria informou que entre julho de 2016 e dezembro de 2017 ocorreram 2.588 casos no estado, com 595 confirmações da doença.

Reabertura de parques

Na quarta-feira (3), a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo informou que os parques estaduais Horto, Cantareira e Ecológico do Tietê, todos localizados na capital paulista, deverão ser reabertos ainda neste mês.

Os parques estavam fechados desde outubro , em razão da incidência da doença que foi detectada em macacos que vivem nessas áreas. Os animais foram encontrados mortos nos arredores. No entanto, não são eles que transmitem o vírus da doença e sim os mosquitos (Haemagogus, Sabethes e Aedes aegypti). As mortes serviram apenas de alerta para as autoridades sobre a contaminação.

Apesar da reabertura, a pasta informou que os frequentadores deverão seguir as recomendações técnicas, como estar imunizado contra a doença, mas não detalhou como será controlada a entrada das pessoas.

Em nota, a secretaria informou ainda que as estratégias de ampliação da vacinação contra a doença em São Paulo terão andamento com base em critérios epidemiológicos, “com a priorização dos corredores ecológicos alcançando, por exemplo, o Litoral Norte”. Porém, não foi esclarecido de que forma será feita essa priorização.

Conforme divulgado pela secretaria, a pasta manterá o monitoramento do território paulista, tanto para casos humanos quanto em macacos. “Esse trabalho é preventivo e contínuo e, a partir dele, a secretaria tem traçado as estratégias de intensificação da vacinação”, diz a nota.

Apenas no município de São Paulo, mais de 20 parques foram fechados por conta da incidência de febre amarela. Dez deles foram interditados no fim de dezembro nas zonas sul e oeste da capital paulista. Segundo a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente da cidade, a medida será mantida por tempo indeterminado.

* Com informações da Agência Brasil

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