Obesidade atinge 17,7% da população, de acordo com pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e ANS
Luis Miguel Bugallo Sanchez / Commons
Obesidade atinge 17,7% da população, de acordo com pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e ANS

O número de pessoas com excesso de peso e obesidade aumentou nos últimos anos, de acordo com uma pesquisa feita pelo Ministério da Saúde e pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), divulgados nesta segunda-feira (15). O levantamento contou com dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) coletados durante o ano de 2016.

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A análise, que coletou depoimentos de mais de 53 mil entrevistados de todo o Brasil, mostrou que a proporção dos adultos beneficiários de planos de saúde com obesidade aumentou 41,6% entre os anos de 2008 e 2016.

A pesquisa foi realizada por telefone e considerou que uma pessoa está obesa quando ela  apresentava Índice de Massa Corpórea (IMC) superior a 30 pontos. O IMC é um dos parâmetros utilizados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para identificar se uma pessoa está em um peso correspondente a sua altura. O valor é calculado dividindo o peso da pessoa pela altura dela ao quadrado – quando é multiplicada por ela mesma.

Seguindo esse raciocínio, em 2016, 17,7% dos usuários de planos de saúde foram considerados obesos, conforme foi constatado pelo estudo – em 2008, essa parcela era de 12,5%.

A pesquisa também identificou números regionais sobre os fatores de risco pesquisados e chegou à conclusão de que cinco capitais já registram mais de 20% de usuários de plano de saúde obesos.

Entre elas, Manaus tem o índice mais elevado, com 22,3%, seguida por Macapá, com 20,8%, e Rio de Janeiro, com 20,5%. João Pessoa tem 20,2% e Aracaju, 20%. Palmas e Distrito Federal têm o menor percentual, de 13,4%.

Em relação aos adultos que estão com IMC superior a 25 pontos, consideradas pela OMS com excesso de peso , o levantamento mostrou que a proporção era de 46,5% em 2008 e passou para 53,7% em oito anos.

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Tabagismo

Outro dado levantado na pesquisa foi o consumo de cigarro, que apresentou queda em relação a 2008, mas parou de cair se observada a variação de 2015 para 2016.

Em 2008, 12,4% dos entrevistados eram fumantes, patamar que caiu ano após ano até atingir 7,2% em 2015. No passado, 7,3%  dos usuários de plano de saúde declararam ser fumantes.

O número de fumantes passivos em domicílio ou em local de trabalho também caiu. A pesquisa verificou que 6,3% das pessoas estão expostas ao tabaco em casa e 5,2%, no trabalho.

Alimentação mais saudável

Uma notícia mais animadora observada na pesquisa é relacionada à melhora de alguns indicadores referentes à alimentação. O número de adultos que consomem refrigerantes ao menos cinco vezes por semana caiu de 26,2% para 14,7%.

O percentual de pessoas que trocam refeições por lanches começou a ser medido em 2013 e também caiu, de 19% para 15,6%. Por sua vez, o hábito de comer hortaliças e frutas com regularidade cresceu de 27% em 2008 para 30,5% em 2016.

A população que pratica ao menos 150 minutos de atividade física moderada ou intensa semanalmente cresceu de 37,4% em 2010 para 42,3% em 2016. A inatividade física, por outro lado, caiu cinco pontos percentuais, de 19,2% para 14,2%.

Foi classificado como inativo o entrevistado que respondeu não ter praticado nenhuma atividade física nos três meses anteriores à pesquisa. Também são consideradas nessa resposta a realização de atividade física no trabalho, limpeza pesada em casa e caminhadas de pelo menos 10 minutos para ir ou voltar de uma atividade díaria, como o trabalho ou a escola.

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