Mosquito do gênero Haemagogus é um dos principais transmissores de febre amarela silvestre no Brasil
Divulgação/Fiocruz
Mosquito do gênero Haemagogus é um dos principais transmissores de febre amarela silvestre no Brasil

Nesta sexta-feira (9), a cidade de São Paulo registrou seu primeiro caso autóctone (contraído no próprio município) de febre amarela. O infectado é um homem de 29 anos, morador do distrito do Tremembé, localizado na zona norte.

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Segundo a Secretaria Municipal da Saúde, ele frequentava semanalmente local próximo ao Parque Estadual da Cantareira, onde foi infectado. A área fica na divisa com Mairiporã, cidade que concentra maioria das infecções por febre amarela .

A secretaria municipal informou que se trata de um caso de febre amarela silvestre, pois o homem foi picado em região de mata. “Embora a vacina contra febre amarela tenha sido disponibilizada na região a partir da primeira epizootia confirmada no Horto Florestal, em 21 de outubro, o paciente não buscou a dose nos postos de saúde da região no período de campanha”.

A prefeitura informou que até hoje os 69 casos de febre amarela registrados no município, desde janeiro de 2017, tinham sido importados. Nesse período foram constatadas 19 mortes.

Total de casos

Já são 186 casos de febre amarela silvestre confirmados no estado de São Paulo desde janeiro de 2017. Desse total, 65 pessoas morreram em decorrência da condição, conforme informa balanço da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado nesta sexta-feira (9).

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Segundo os últimos dados publicados pela pasta, indicava a ocorrência de 163 casos e 61 mortes. O município com maior número de casos é Mairiporã, localizado na Região Metropolitana de São Paulo, com mais de 56% das infecções registradas por lá. Atibaia fica em segundo lugar, com 15,8% dos casos, seguida de Amparo, com 2,7% das notificações.

As três cidades representam 75% dos casos da doença e contam com ações de vacinação desde o ano passado, conforme divulgou a secretaria.

Campanha

Desde 25 de janeiro, quando teve início a campanha de vacinação com a dose fracionada, foram imunizadas mais de 2,6 milhões de paulistas. Cerca de 4% das pessoas atendidas receberam a dose integral por se enquadrarem em grupos específicos (crianças com idade entre 9 meses e 2 anos incompletos, pessoas que viajarão para países com exigência da vacina e grávidas residentes em áreas de risco). 

A meta é alcançar 9,2 milhões. Os 54 municípios e distritos da cidade de São Paulo que fazem parte da campanha foram definidos por serem locais de concentração de mata.

A secretaria estadual alerta os moradores de áreas com indicação de vacina que ainda não foram imunizadas que procurarem os postos de saúde até o dia 17 de fevereiro, quando as unidades funcionarão em esquema especial em mais um Dia D de vacinação.

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