Vacina da gripe é fundamental para proteção contra a doença, que tem maior incidência no período do inverno
Rovena Rosa/Agência Brasil
Vacina da gripe é fundamental para proteção contra a doença, que tem maior incidência no período do inverno

Os municípios que ainda tiverem doses da vacina contra a gripe poderão estender a imunização para outros grupos a partir desta segunda-feira (25). Crianças de cinco a nove anos e adultos de 50 a 59 anos poderão receber a proteção nos postos de saúde do Sistema Único de Saúde.

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A orientação vem do Ministério da Saúde e ocorre após o término da Campanha Nacional de Vacinação contra Gripe para os grupos prioritários, que começou no dia 23 de abril. A pasta informou que até a última semana, 83% do público-alvo havia se vacinado em todo o país.

A escolha dos grupos prioritários para a vacinação contra a gripe segue recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS). Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias.

“Foram dois meses de oportunidade exclusivamente para o grupo prioritário se vacinar. Agora, a recomendação é que as doses sejam disponibilizadas também para esses outros públicos”, destaca o ministro da Saúde, Gilberto Occhi.

O Ministério da Saúde reforça a importância da proteção com a chegada do inverno, período de maior circulação dos vírus da gripe.

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Até a última quinta-feira (21), o grupo das crianças de seis meses a cinco anos de idade registrava a menor cobertura vacinal, com 67%. As gestantes tiveram cobertura de 71%. Já o público com maior cobertura da vacina contra a gripe é o de professores, com 98%, seguido pelas puérperas (96,2%), idosos (91%) e indígenas (90,5%). Entre os trabalhadores de saúde, a cobertura de vacinação está em 88,6%.

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Por região

A região sudeste é a que registrou menor cobertura vacinal contra a gripe, com 77,2%. Em seguida estão as regiões norte (78,4%), sul (84,8%), nordeste (89,3%) e centro-oeste com a melhor cobertura, de 96,5%. Entre os estados, Goiás, Amapá, Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo, Tocantins, Maranhão, Paraíba, e Alagoas possuem cobertura vacinal contra a gripe acima de 90%. Os estados com as taxas mais baixas de vacinação contra a gripe são Roraima, com 60,4% e Rio de Janeiro, com 62,4%.

Casos de gripe

O último boletim do Ministério da Saúde aponta que, até 16 de junho, foram registrados 3.122 casos de influenza em todo o país, com 535 óbitos. Do total, 1.885 casos e 351 óbitos foram por H1N1. Em relação ao vírus H3N2, foram registrados 635 casos e 97 óbitos. Além disso, foram 278 registros de influenza B, com 31 óbitos e os outros 324 de influenza A não subtipado, com 56 óbitos.

Entre as mortes em decorrência dos vírus da influenza, a mediana da idade foi de 54 anos de idade. A taxa de mortalidade por influenza no Brasil está em 0,26% para cada 100.000 habitantes.

Das 535 pessoas que foram a óbito por conta da gripe , 393 (73,5%) apresentaram, pelo menos, um fator de risco para complicação, com destaque para adultos maiores de 60 anos: cardiopatas, diabetes mellitus e pneumopatas. Esse público é considerado de risco para a doença, por isso a vacina contra a gripe é garantida gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

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