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Divulgação/Conselho Federal de Medicina
Mauro Luiz de Britto Ribeiro, presidente do Conselho Federal de Medicina



O presidente do Conselho Federal de Medicina (CFM), Mauro Luiz de Britto Ribeiro, disse nesta quinta-feira (6) que os médicos que utilizarem o gás ozônio para o tratamento da Covid-19 , doença causada pleo novo coronavírus (Sars-CoV-2), poderão ser punidos.

"O médico que utilizar a ozonoterapia fica exposto a uma ação do Conselho Regional de Medicina de seu estado", disse Ribeiro em entrevista ao jornal O Globo .

De acordo com uma resolução publicada em 2018 pelo conselho, o uso da ozonioterapia como tratamento para qualquer doença só pode ser aplicado em caráter experimental.

Essa técnica ganhou repercussão depois que o  prefeito de Itajaí (SC), Volnei Morastoni (MDB), disse que ofereceria à população um tratamento com a aplicação do gás por via retal.

Para Ribeiro, no entanto, o método pode oferecer ainda mais riscos ao paciente. "Não é um procedimento inócuo. É invasivo e expõe o paciente a risco, como a perfuração do intestino grosso", alertou.

O CFM permite o uso da ozonioterapia apenas em caráter experimental e "sob protocolos clínicos de acordo com as normas do sistema" que sigam as normas da Conep (Comissão Nacional de Ética em Pesquisa).

Ministério da Saúde se posicionou sobre o assunto e disse que não recomenda o procedimento. "De acordo com nota técnica publicada em abril deste ano, o efeito da ozonioterapia em humanos infectados por coronavírus (Sars-Cov-2) ainda é desconhecido e não deve ser recomendado como prática clínica ou fora do contexto de estudos clínicos", declarou a pasta.

Antes disso, no entanto,  o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, se reuniu com defensores da aplicação retal de ozônio como forma de tratamento para a Covid-19 na segunda-feira.

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