Cerca de 500 mil vacinados não voltaram para receber a segunda dose da CoronaVac; cientistas afirmam que não há comprovação de imunização consistente com apenas uma dose da vacina
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Cerca de 500 mil vacinados não voltaram para receber a segunda dose da CoronaVac; cientistas afirmam que não há comprovação de imunização consistente com apenas uma dose da vacina

Dos cerca de 23 milhões de brasileiros que tomaram a primeira dose de vacinas contra a Covid-19 , pelo menos 500 mil deixaram de tomar a segunda dose, o que pode comprometer a imunização completa, segundo cientistas. As informações são da Folha de S. Paulo .

O levantamento considerou apenas os brasileiros que tomaram a  CoronaVac — vacina produzida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac. Isso porque o intervalo entre as doses do imunizante de Oxford/Astrazeneca é maior, de 90 dias.

O percentual de 'abandono vacinal', é maior em Roraima e Amazonas — mais de 25% dos que receberam a primeira dose. As menores taxas são do Alagoas e do Rio Grande do Norte, ambos abaixo de 7%, segundo números extraídos do DataSUS, sistema de informações do Ministério da Saúde.

À Folha, cientistas disseram que não há, ainda, nenhum estudo científico que comprove o percentual de eficácia de pessoas que tomam apenas uma dose do imunizante do Butantan.

Segundo Dimas Covas, diretor do Instituto Butantan, é melhor receber a segunda dose com algum atraso, de até duas semanas, do que não recebê-la. Ou seja: quem passou dos 28 dias após a primeira parte da vacina ainda deve requerer uma dose faltante.

O Ministério da Saúde foi questionado sobre as taxas de abandono vacinal contra a Covid-19, e respondeu que as estratégias de imunização da CoronaVac foi definida entre União, estados e municípios para acelerar e ampliar a vacinação no país.

"A pasta esclarece que, semanalmente, coordena reuniões com as gestões de saúde estaduais e municipais para definir a orientação adotada a cada nova distribuição, para o cumprimento da imunização completa, com primeira e segunda dose. O ministério informa, ainda, que depende do registro das aplicações das vacinas pelos estados para divulgação das doses usadas nos grupos prioritários e para um acompanhamento mais efetivo da campanha de vacinação. "

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