13 estados apresentam alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave
SILVIO AVILA
13 estados apresentam alta de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave

Treze estados brasileiros e o Distrito Federal apresentaram tendência de aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) na última semana, entre os dias 16 e 22 de maio. É o que aponta o novo Boletim InfoGripe da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Apresentaram sinal de crescimento Alagoas, Amazonas, Goiás, Maranhão, Mato grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Atualmente, a SRAG é causada principalmente pela Covid-19. A síndrome é um conjunto de sintomas associados a doenças respiratórias que demanda hospitalização e pode levar a óbito.

Segundo o coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, a tendência de alta, que na semana passada já havia se manifestado em sete estados mais o Distrito Federal, mostra que o país está caminhando para um possível novo pico da pandemia.

"A gente está caminhando em direção a uma retomada do crescimento das internações. Voltamos a circular e a nos expor mais ao vírus. Se isso vai se traduzir em um novo pico, depende do que vamos fazer a partir de hoje", diz o pesquisador.

Os dados da SRAG são rapidamente notificados nos hospitais, pois não precisam esperar o resultado do teste em laboratório. Posteriormente, é confirmado qual o vírus causador do quadro. E, em meio a pandemia, a maioria absoluta é causada pela Sars-Cov-2.

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Somente cinco estados apresentaram tendência de queda dos casos de SRAG: Amapá, Roraima, Pará, Piauí e Ceará. Os oito restante se mantiveram estáveis.

Porém, o coordenador do estudo alerta que o patamar de estabilidade nesses estados que ainda não voltaram a crescer é similar ou superior ao observado no pico da pandemia do ano passado. O que significa que um possível crescimento partiria de um número já muito elevado de casos.

"Desde meados de março quando as medidas restritivas foram relaxadas, e foi caindo a adesão da população, a gente alertava, que não podia baixar a guarda, pois o risco é justamente o que estamos vendo hoje: um cenário muito preocupante", diz Gomes.

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