CoronaVac: Insumos para produzir mais 10 milhões de doses chegam em 26 de junho
Divulgação/Governo do Estado de São Paulo
CoronaVac: Insumos para produzir mais 10 milhões de doses chegam em 26 de junho

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), afirmou nesta sexta-feira que o estado vai receber em 26 de junho um novo lote de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA), necessário para a continuidade da produção da CoronaVac.

A carga, de 6 mil litros de IFA, permitirá a produção de 10 milhões de doses da vacina. A entrega desse lote está prevista para 15 de julho, de acordo com Dimas Covas, diretor do Butantan, instituto responsável pela fabricação desse imunizante.

O anúncio do governador foi feito em coletiva de imprensa no Instituto Butantan, que liberou a entrega nesta manhã  mais 2,2 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde. Os imunizantes serão redistribuídos a todos os estados por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Com a remessa desta sexta, o Butantan completa 52,2 milhões de doses da CoronaVac enviadas ao PNI. A previsão é de atingir 100 milhões de doses até 30 de setembro.

O diretor do Butantan negou que a demora na chegada de novo lote de IFA vai interferir a produção do instituto, mas evitou se referir à CoronaVac.

"O Butantan não para. Terminou a etapa de produção da CoronaVac... Não sei se na hora que vocês chegaram, vocês viram duas grandes carretas em frente à fábrica descarregando ovos para a produção da ButanVac. Temos a maior produção de vacinas e soros do Brasil. Não estamos, em absoluto, parados", disse Dimas Covas.

O Butantan tem prontas 8 milhões de doses da ButanVac, número que deve chegar a 40 milhões até a aprovação do uso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), segundo o governador.

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João Doria afirmou que mantém a promessa de vacinar toda a população adulta do estado de São Paulo até 15 de setembro.

"Vamos manter o compromisso de até 15 de setembro fazer a vacinação de todos os paulistas, pelo menos da primeira dose, lembrando que há um distanciamento entre a primeira e a segunda dose de algumas vacinas que chega a 90 dias. Se tivermos condições, poderemos rever esse prazo para menos. Para mais, não", declarou Doria.

A coordenadora do PNI em São Paulo, Reagiane de Paula, afirmou que o atraso na chegada das vacinas da Janssen ao Brasil, esperadas para esta semana, não deve afetar o cronograma de vacinação no estado.

"Nós já tínhamos uma ideia de que isso iria acontecer, como várias entregas do Ministério da Saúde também não se cumpriram. Queremos muito que essa vacina chegue, é importante, mas não atrasaremos por conta de mais uma não entrega do PNI", disse ela.

ButanVac

Dimas Covas afirmou que a vacina própria do instituto não precisará de terceira dose, mencionada por ele na quinta-feira, para a imunização completa do paciente, e que a terceira dose será aplicada como reforço. Há previsão, diz ele, de que doses de reforço contra a Covid-19 sejam feitas com outras vacinas ao redor do mundo, considerando a persistência da pandemia até o próximo ano.

Covas também disse que o instituto desenvolve uma vacina "única" contra gripe e Covid.

"O Butantan está tentando colocar numa fase adiantada de desenvolvimento uma vacina que seja única para gripe e para Covid. Se conseguirmos isso, será seguramente a primeira vacina nessa condição do mundo", declarou.

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