Níveis de anticorpos permanecem altos 9 meses após infecção por Covid-19
REPRODUÇÃO/AGÊNCIA BRASIL
Níveis de anticorpos permanecem altos 9 meses após infecção por Covid-19


Um estudo indicou que 98,8% das pessoas infectadas pela Covid-19 em março de 2020 ainda apresentavam níveis elevados de  anticorpos em novembro do mesmo ano. Para chegar ao resultado, o estudo testou cerca de 3 mil moradores de Vo’ Euganeo, que fica na cidade italiana de Pádua, entre fevereiro e novembro de 2020.

O estudo foi feito pela Universidade de Padua, na Itália, em parceria com o Imperial College, no Reino Unido. Os pesquisadores também descobriram que não havia diferença entre as pessoas que tiveram sintomas da Covid-19 e aquelas que foram assintomáticas. Os resultados do estudo foram publicados nesta segunda-feira (19) na revista científica Nature Communications.

Foram utilizados diferentes testes de detecção dos anticorpos para realizar o estudo. "Nosso estudo mostra que os níveis de anticorpos variam, às vezes acentuadamente, dependendo do teste de detecção usado. Isso significa que é necessário cuidado ao comparar as estimativas dos níveis de infecção em uma população obtidas em diferentes partes do mundo com testes diferentes e em momentos diferentes", salientou Ilaria Dorigatti, pesquisador do Imperial College e líder do estudo.

Infecções entre membros da família

O estudo também investigou as chances de uma pessoa infectada transmitir o vírus dentro de casa. Os resultados indicaram uma probabilidade de 1 em 4 de que uma pessoa infectada transmita o novo coronavírus para um membro da família.

A descoberta, salienta Dorigatti, mostra mais uma vez que fatores comportamentais são fundamentais para o controle da epidemia, como o distanciamento físico e uso de máscara, mesmo em populações altamente vacinadas.

"É óbvio que a epidemia não acabou, nem na Itália, nem em outro país. É de fundamental importância continuar administrando a primeira e a segunda doses da vacina, bem como fortalecer a vigilância, incluindo rastreamento de contato. Encorajar a cautela e limitar o risco de adquirir o Sars-CoV-2 continuará a ser essencial", finalizou Dorigatti.

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