Imunizante da Pfizer
Luiz Pessoa/SEI
Imunizante da Pfizer

Estudos recentes sobre a vacinação contra covid-19 apontaram que o intervalo de oito semanas entre as doses da Pfizer seria mais indicado do que a redução para 21, anunciada pelo governo de São Paulo nos últimos dias.

Uma pesquisa publicada em fase pré-print, ou seja, ainda pendente de revisões, na última segunda-feira (18) pontuou que o intervalo de 21 dias, usado tradicionalmente pela farmacêutica, resultou em uma perda de até 99% dos anticorpos em oito meses após a segunda dose. Uma distância maior entre uma vacinação e outra poderia reduzir essa queda.

Posição semelhante consta em um artigo publicado no British Medical Journal, que afirma que o nível de anticorpos capazes de bloquear a entrada do Sars-CoV-2 no organismo é 2,3 vezes maior se as doses são dadas em um intervalo de pelo menos 4 a 14 semanas, comparado a um intervalo de 3 a 4 semanas.

A própria Pfizer publicou um estudo na revista científica The Lancet onde a queda da efetividade do imunizante acontecia após seis meses. A proteção contra a infecção caiu de 88% para 46% em análises feitas entre dezembro de 2020 e agosto de 2021. Contra internação e morte, no entanto, o índice se manteve em 90%.

Em todo o país, o intervalo entre a primeira e a segunda dose da Pfizer é de 12 semanas. Em São Paulo, porém, esse prazo caiu desde a última terça-feira (19). A medida não vale para adolescentes de 12 a 18 anos.

Segundo a Folha de S. Paulo, a coordenadora do Plano Estadual de Imunizações (PEI), Regiane de Paula, afirmou que a redução só irá atingir pessoas que estão com a segunda dose da Pfizer em atraso, e já receberam a primeira há mais de 56 dias, cerca de 2,2 milhões de pessoas. A pasta não respondeu se isso prejudicaria a proteção.

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