Chineses formam filas para realizar teste de Covid-19
Reprodução/Youtube GMA
Chineses formam filas para realizar teste de Covid-19

Os temores de um confinamento obrigatório por conta da Covid-19 em Pequim fez com que milhares de chineses fizessem longas filas para realizar os testes para detectar a doença nesta segunda-feira (25) - mas também em supermercados e centros comerciais.

As autoridades estão focando no distrito de Chaoyang, onde há o maior surto e onde foram instaladas tendas para centros de saúde temporárias. O local abriga quatro milhões de moradores, mas nos dias úteis, esse número pode triplicar, já que é sede de várias multinacionais e embaixadas. Todos os cidadãos precisarão passar pelos testes em massa até a quarta-feira.

Mas, os moradores temem que se repita a situação de Xangai, Xian e outras grandes províncias chinesas: primeiro algumas áreas são colocadas em lockdown e depois a cidade inteira por conta da política de tolerância zero do governo chinês.

Por isso, como houve diversos relatos de falta de comida enviada pelo governo, os chineses estão estocando alimentos em casa.

Até o momento, além da obrigatoriedade do teste em massa em Chaoyang, o governo nacional determinou um controle mais severo para todos os viajantes internacionais, que precisam fazer um exame com resultado negativo em, no máximo, 48 horas antes do desembarque.

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A China está vivendo o pior momento da pandemia desde o fim de 2019, em uma onda pior do que a registrada no país no início da crise sanitária mundial. Só neste domingo (24), Xangai - que continua a viver em confinamento - registrou 51 mortes, em um dos piores relatórios em mais de dois anos, e mais de dois mil casos. Já Pequim contabilizou 22 infecções em 24 horas.

A situação em Pequim, com os temores de um lockdown, derrubou as bolsas de valores em todo o mundo por conta do medo que a cadeia mundial de fornecimento de alimentos e mercadorias sofra mais uma vez com problemas de abastecimento.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Wang Wenbin, foi questionado em sua coletiva de imprensa diária sobre a possibilidade de um confinamento também na capital do país e afirmou que "perante à variante Ômicron, a China não vai ceder, mas avançar na guerra para bloquear o vírus".

Reconhecendo os impactos econômicos de um possível fechamento de Pequim, Wang disse que a política chinesa já teve um "resultado notável" quando apareceu a variante Delta e que o país "certamente vencerá e dará mais contribuições ao mundo".

Enquanto a maior parte do mundo já passou do pico provocado pela Ômicron, a China enfrenta os efeitos da rápida disseminação dessa cepa só agora por conta do grande controle na entrada de estrangeiros.

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