Coreia do Norte pode gerar novas variantes da Covid-19? Descubra
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Coreia do Norte pode gerar novas variantes da Covid-19? Descubra

Coreia do Norte, um dos países mais fechados do mundo, corre o risco de se tornar um epicentro de novas variantes da Covid-19 por conta da baixa imunidade da população em relação ao vírus. O alerta veio do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais, dos Estados Unidos, que afirmou que o país asiático não aplicou nenhuma vacina contra a Covid.

Segundo o relatório, autoridades norte-coreanas indicaram que preferem vacinas com uso de tecnologia mRNA, como a  Pfizer. Em 2021, foram enviadas 3 milhões de doses da CoronaVac e 2 milhões da AstraZeneca, mas ambas foram recusadas pelo líder norte-coreano Kim Jong-un.

Coreia do Norte e a Eritreia, localizada entre o Sudão e a Etiópia, são os únicos países do mundo que não administraram vacinas contra a Covid-19.

“Qualquer país, incluindo a Coreia do Norte, que tenha uma cobertura vacinal baixa e onde há ocorrências de infecção pode sim se tornar epicentros de novas variantes porque as variantes são frutos de mutações no genoma do vírus. Quanto mais o vírus se multiplica, mais mutantes surgem”, afirma o presidente da Sociedade Brasileira de Virologia, Flavio Fonseca.

Apesar do potencial perigo, o especialista acredita que, por conta do fechamento político do país, não há um perigo iminente de uma potencial variante se espalhar pelo mundo. “Não existe saída frequente de pessoas da Coreia do Norte para visitar outros países. Há um controle muito rígido e uma falta de mobilidade”, afirma o especialista. 

Fonseca ainda disse que acha muito cedo para dizer que não surgirão novas variantes potencialmente perigosas para o mundo. Ele acredita que o acesso à imunização e aos métodos de prevenção estão longe dos ideais.

“A gente ainda tem uma discrepância de acesso às vacinas muito grande no mundo. Têm países que ainda têm menos de 10% de cobertura vacinal e isso reflete a desigualdade social e econômica que nós temos no planeta”.

E completa: “Enquanto a gente tiver ‘bolsões’ de populações que não estão protegidas, a gente mantém a possibilidade de surgimento de novas variantes”.

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