Jovens consomem mais drogas e álcool
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Jovens consomem mais drogas e álcool

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE), do IBGE, apontam retrocessos na vida de estudantes do 9º ano do ensino fundamental das redes pública e privada. Analisando os dados disponíveis, de 2009 a 2019, é possível apontar, por exemplo, que os jovens consomem mais drogas e álcool, são mais agredidos e usam menos camisinha.

A experimentação de bebida alcóolica cresceu de 52,9% em 2012 para 63,2% em 2019. Esse aumento foi mais intenso entre as meninas, que saíram de 55% em 2012 para 67,4% em 2019. Para os meninos, o indicador foi de 50,4% em 2012 para 58,8% em 2019. Devido a mudanças na redação da pergunta, os dados de 2009 não foram comparados.

Já a experimentação ou exposição ao uso de drogas cresceu em dez anos, indo de 8,2% em 2009 para 12,1% em 2019. Em relação à precocidade dessa exposição, ou seja, antes de completar 14 anos de idade, o percentual passou de 3,4% em 2009 para 5,8% em 2019. Além disso, há tendência de crescimento nas chances de exposição, com alta de 87,5% no período. Mas com diferença entre os gêneros.

“Essa tendência está decrescente para os meninos das escolas privadas e crescente para meninos de escolas públicas e meninas de ambas as redes, chegando a um aumento expressivo de 164,6% entre as meninas das escolas públicas em dez anos”,  explica Marco Andreazzi, gerente da pesquisa.

O estudo também levantou a proporção de estudantes que já tiveram relações sexuais nessa etapa escolar e constatou que houve leve crescimento, passando de 27,9%, em 2009, para 28,5%, em 2019. 

Além disso, o uso de camisinha caiu em dez anos. De acordo com a pesquisa, a quantidade de jovens que utilizaram proteção na última relação sexual que tiveram caiu de 72,5%, em 2009, para 59%, dez anos depois.

“Ao longo de toda a série, os meninos têm uma maior taxa de iniciação sexual; contudo, a taxa de iniciação sexual das meninas entre 2009 e 2019 aumentou de 16,9% para 22,6%, enquanto a dos meninos caiu de 40,2% para 34,6%”, destaca Andreazzi.

Violência
Em dez anos, o percentual de estudantes que faltou aula por questões de segurança dobrou. Passando de 8,6%, em 2009, para 17,3%, em 2019, que não foram à escola ao menos um porque não se sentiram seguros no trajeto ou na escola.

Também houve um aumento de alunos que sofreram agressão física por um adulto da família, que teve aumento progressivo no período, passando de 9,4%, em 2009, para 11,6% em 2012 e 16,0% em 2015.


Já em 2019, houve mudança no quesito, com a separação em dois grupos de agressores e mudança do período de referência para 12 meses anteriores à pesquisa. 

Investigou-se, ainda, a quantidade de episódios de agressão. Assim, em 2019, 27,5% dos escolares sofreram alguma agressão física cujo agressor foi o pai, mãe ou responsável e 16,3% dos escolares sofreram agressão por outras pessoas.

Os casos de agressão recorrente (6 ou mais vezes no período) contabilizaram 4,2% dos escolares, sendo o agressor pai, mãe ou responsável, e 2,6%, sendo outras pessoas.

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