Embora a maioria dos animais tenha sistema nervoso, apenas três grupos (artrópodes, cefalópodes e craniata) apresentam cérebros complexos. O órgão, matriz do sistema nervoso que está localizado dentro do crânio nos seres humanos, é o principal centro de regulação e controle das atividades corporais: sede da consciência, do pensamento, da memória e da emoção. É ele, portanto, que permite ao homem identificar, perceber e interpretar o mundo que o rodeia. É composto por massa cinzenta e massa branca, sendo dividido em dois hemisférios por intermédio do corpo caloso, compreendendo também o tronco encefálico e o cerebelo.
O córtex cerebral corresponde à camada mais externa do órgão formada por tecido rugoso de cerca de dois milímetros de espessura, sendo um importante local de processamento neural, responsável por funções complexas como memória, atenção, consciência, linguagem, percepção e pensamento. Constituída por massa cinzenta, essa estrutura permitiu ao ser humano desenvolver cultura, já que induziu a elaboração do pensamento abstrato e das representações simbólicas.
Cada hemisfério contém cinco lobos. O lobo frontal está associado à atividade motora, articulação da fala, pensamento e planejamento – responsável por cognição e memória. O lobo parietal responde pela interpretação das sensações e pela orientação do corpo. O lobo occipital interpreta a visão. Nos lobos temporais as emoções e a memória são trabalhadas, fornecendo ao indivíduo a capacidade de identificar e interpretar objetos ao recuperar informações passadas.
A base do cérebro é composta por gânglios basais, tálamo e hipotálamo, atuando na coordenação de movimentos, organização da transmissão e recepção das informações sensoriais e atividades automáticas do corpo, respectivamente. A função do tronco cerebral é regular atividades como a deglutição e a frequência cardíaca. O cerebelo, abaixo do cérebro e sobre o tronco cerebral, coordena os movimentos do corpo ao utilizar as informações enviadas pelo cérebro a respeito dos membros.
Dois tipos de células, a glia e o neurônio, constituem a maior parte do cérebro. A primeira tem a função de dar suporte e proteger a segunda, que carrega a informação sob a forma de pulsos elétricos.
A comunicação entre neurônios é realizada pelo envio de produtos químicos, neurotransmissores, pelas sinapses – junções especializadas por meio das quais as células do sistema nervoso mandam sinais formando circuitos biológicos.
Os nossos sentidos (visão, olfato, audição, tato e paladar) recebem informações do mundo que nos rodeia. Estas mensagens são enviadas como impulsos sensoriais primeiramente ao tálamo e depois para regiões do córtex cerebral específicas de cada sentido. Dessa maneira, o cérebro as reúne, organiza e armazena. De forma adequada, transmite impulsos nervosos que ditam o comportamento motoro e mantém as funções do corpo, como batimento cardíaco, pressão arterial, balanço hídrico e temperatura corporal.
O cérebro também produz hormônios que influenciam outros órgãos, reagindo a hormônios produzidos em outras partes do corpo também. Nos mamíferos, grande parte destas substâncias é liberada no sistema circulatório pelas glândulas pituitárias.
Enquanto o sistema nervoso dos vertebrados permite uma troca intensa de informações entre as diferentes partes do cérebro e da medula, nos vertebrados inferiores o cérebro controla principalmente o funcionamento de órgãos sensoriais.
Nem todas as atividades do corpo ou animais necessitam de um cérebro: esponjas, por exemplo, são desprovidas de sistema nervoso central e mesmo assim capazes de coordenar as contrações corporais para a locomoção.
Em vertebrados, a coluna é composta de uma rede neural capaz de gerar respostas reflexas. É a integração de informações em uma sede – o cérebro –, captadas por um sistema sensorial complexo, que permite ao homem e a alguns animais ter comportamentos sofisticados.
Em 2004, cientistas norte-americanos anunciaram a identificação de um gene que pode ter tido um papel fundamental no desenvolvimento da capacidade de raciocínio em humanos. Ele seria responsável pela expansão do córtex cerebral. A descoberta explicaria o salto evolutivo no cérebro do homem em relação aos demais primatas.
Entretanto, para muitos pesquisadores, o aumento do tamanho do cérebro nos hominídeos – a modificação evolutiva mais rápida já observada – pode ser efeito de uma combinação de pressões seletivas que contribuíram para a mudança de comportamento em uma zona adaptativa inteiramente nova: a desertificação da África. Isso induziu o estabelecimento de uma alimentação mais nutritiva, novas abordagens de caça, com a utilização de armas e ferramentas, articulação da palavra para a organização de grupos e estrutura familiar, entre outros fatores.
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