Manchas na pele podem melhorar com o peeling profundo
Taisa Anjos/Pixabay
Manchas na pele podem melhorar com o peeling profundo

“Tenho tanta vergonha do meu melasma que há dois anos durmo maquiada. Não quero que meu marido me veja com essas manchas”.

Já se passaram mais de dez anos e eu nunca esqueci o que a paciente me disse. O que eu pude receitar foram clareadores e filtro solar, os únicos tratamentos que tínhamos disponíveis. Naquela época nós não sabíamos o que causava o melasma e, como quase tudo na medicina, se a causa não for descoberta e tratada, a doença não cura e tende a voltar.

O cenário hoje é diferente. O primeiro grande passo foi descobrir que a mancha que a gente enxerga é só um dos muitos componentes do melasma e, na verdade, todas as estruturas da pele estão envolvidas. É por isso que o melasma às vezes clareia num local e reaparece no outro.

As alterações da pele do paciente com melasma são muitas, como o excesso de vasos sanguíneos, inflamação, envelhecimento precoce, resposta alterada aos hormônios e hipersensibilidade ao sol. 

A mais curiosa dessas é o envelhecimento precoce. Quando vemos num microscópio, a pele da paciente com melasma tem as características de uma pele já velha, independente da idade da pessoa. Esse fato nos fez pensar: e se eu tratar o envelhecimento, será que o melasma melhora?

Há algum tempo eu me debruço sobre essa pergunta e tenho visto que sim, tratar o envelhecimento é uma forma eficiente e duradoura de tratar o melasma. Os peelings profundos, que têm um enorme potencial de rejuvenescimento, também têm mostrado excelentes resultados para o melasma. O peeling destrói todas as camadas da pele e obriga o corpo a se reorganizar e produzir uma nova pele, que vem jovem e sem a maioria das alterações responsáveis pelo melasma

Se ainda não é a cura, porque isso implicaria que não haja mais a necessidade de tratamento, o peeling profundo tem se mostrado uma das melhores maneiras para se tratar o melasma e uma grande esperança para as 35 milhões de pessoas que convivem com essa doença no Brasil.

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