É importante reforçar que isso, até o momento, não afeta a distribuição de insulina regular que também é distribuída pelo SUS
Divulgação/Um Diabético
É importante reforçar que isso, até o momento, não afeta a distribuição de insulina regular que também é distribuída pelo SUS

A notícia de que o estoque de insulina análoga de ação rápida do SUS está prestes a acabar gerou preocupação de pacientes que dependem do medicamento distribuído gratuitamente no Sistema Único de Saúde brasileiro. Com pouco mais de 190 mil canetas de insulina análoga de ação rápida, como divulgado pelo Tribunal de Contas da União (TCU), a previsão é que o estoque termine ainda em abril fazendo que a maior parte da população com diabetes que depende do sistema público e dessas insulinas fiquem sem o medicamento.

É importante reforçar que isso, até o momento, não afeta a distribuição de insulina regular que também é distribuída pelo SUS. O análogo de insulina rápida do SUS é um direito para os pacientes com diabetes tipo 1 em geral, ou Tipo 2 que não apresentaram bons resultados com a insulina regular.

Atualmente o SUS é responsável por subsidiar o tratamento de cerca de 70% da população com diabetes no Brasil. Além de ser um direito garantido, a maior parte não tem condições para comprar esse medicamento.

O ponto preocupante é que sem insulina pacientes deixem de tratar o diabetes o que pode resultar em complicações mais graves e mais caras para o sistema público de saúde.

Nesta sexta-feira (31/03), o presidente da Sociedade Brasileira de Diabetes, Dr. Levimar Rocha Araújo informou que entidade está cobrando do Ministério da Saúde um posicionamento oficial e alertando sobre a importância dessa insulina na vida de quem depende do medicamento.

ADJ Diabetes Brasil, entidade que representa mais de 30 associações de pacientes, fez uma postagem em sua rede social comentando a situação e dizendo que está mobilizando esforços. O texto diz: “Nosso time está em contato com políticos, em Brasília, para pressionar uma rápida tomada de decisões das autoridades em busca do pleno restabelecimento do fluxo.”

Duas empresas fabricantes da insulina também se pronunciaram sobre o assunto.

A Lilly Brasil informou por meio de sua assessoria de imprensa que está em contato com o Ministério da Saúde, de forma constante, para contribuir na busca de soluções para a necessidade de reposição de estoque da rede pública.

Já a empresa global de saúde, Novo Nordisk, emitiu um comunicado oficial em que afirma que toda entrega de insulina análoga de ação rápida asparte está mantida até a presente data, como previsto em contrato.

A empresa esclareceu que enviou em março de 2023, duas propostas de fornecimento para canetas de Novorapid (insulina asparte) e não tiveram retorno.

Diante da situação e do risco de apagão a fabricante explicou que “compreendendo a necessidade de reabastecimento rápido dos estoques no SUS, a Novo Nordisk reorganizou a produção em sua fábrica na cidade de Montes Claros (MG) e fez nesta sexta-feira, 31 de março, uma nova oferta do medicamento ao Ministério da Saúde, com as primeiras entregas em junho de 2023.”

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