Profissional aplica a vacina da gripe
Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Profissional aplica a vacina da gripe


A Prefeitura de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (8), o novo calendário de vacinação contra a gripe do vírus influenza. Neste ano, a campanha tem início no próximo dia 12 de abril e vai concentrar as primeiras doses em crianças com idade entre seis meses e seis anos, gestantes, indígenas e trabalhadores de saúde. As informações foram apresentadas em coletiva de imprensa.

Segundo o governo municipal, a ideia de mudança na ordem das prioridades é evitar que os grupos prioritários de vacinação da influenza e da Covid-19 se sobreponham. "É uma mudança de público, sempre os idosos entram também nessa primeira fase de vacinação, mas desta vez em função da Covid priorizamos a vacinação de Covid para os idosos e fizemos essa inversão para que a gente não cruze os públicos e locais", destacou o secretário municipal de Saúde, Edson Aparecido.

Covid x vacina da gripe

A prefeitura alertou ainda sobre os cuidados aos que forem tomar a vacina contra a Covid-19 e a vacina contra a gripe do vírus influenza. "Pessoas que estiverem com Covid ou que tiveram Covid há menos de 28 dias devem adiar a vacinação do influenza. Também deve se dar um intervalo de 14 dias entre a vacina contra a Covid, seja a primeira ou segunda dose, e a vacina de influenza". 

A campanha acontecerá entre os dias 12 de abril e 9 de julho, com a utilização de vacina trivalente.

Campanha influenza
Foto: Reprodução/Prefeitura de SP
Campanha influenza


Onde se vacinar?

O secretário municipal de Saúde explicou que a vacinação contra a influenza será feita em escolas da capital e descartou o uso do sistema de drive thrus. "A vacinação da influenza no município de São Paulo será aplicada exclusivamente em escolas e estabelecimentos de educação. Estamos separando exatamente por conta de que a vacinação de Covid, que tem ocorrido nos nossos mega drive-thrus e nas 468 unidades básicas de saúde. A ideia é que a gente não faça qualquer aglomeração ou cruzamento dessas populações que vão estar recebendo dois tipos de vacinas diferentes", afirmou Aparecido. 

Todos os endereços de onde receber a vacina serão disponibilizados  no site oficial da prefeitura de São Paulo.

Confira o cronograma:

fase 1:  12/04 à 10/05 - crianças de 6 meses a menores de 6 anos de idade (5 anos, 11 meses e 29 dias), gestantes, puérperas, povos indígenas, trabalhadores da saúde;
fase 2:  11/05 à 08/06 - idosos com 60 anos e mais, profissionais das escolas públicas e privadas;
fase 3: 09/06 à 09/07 - outros grupos (pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento, forças armadas, caminhoneiros, trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade).

Estimativa de população a ser vacinada contra a influenza:

Crianças de 6 meses a < 6 anos - 866.111
Trabalhadores da saúde - 516.543
Gestantes -  118.940
Puérperas - 19.552
Indígenas - 1.350
Adultos com 60 anos e mais - 1.983.144
Pessoas com comorbidades - 704.099
Profissionais da educação - 156.694 


Outras vacinas

A gestão municipal também apresentou a disponibilização de vacinas contra outras doenças, como a poliomelite, sarampo, febre amarela e rotavirus, além da vacina pentavalente, que protege contra tétano, difteria, hepatite, coqueluche e meningite.

O objetivo é a atualização da caderneta de vacinação com a oferta das demais vacinas no calendário nacional de vacinação para esses grupos. Aparecido destacou que por conta da pandemia de Covid, o número de crianças que deixaram de tomar as vacinas ainda segue elevado.

"Muitas mães e crianças não foram vacinadas neste ultimo ano por conta de não comparecerem ou não poderem ir [a um posto de saúde] e as dificuldades todas impostas pela pandemia", disse Edson Aparecido. "É fundamental que as crianças tenham um conjunto de vacinas e por conta da pandemia, com mais de um ano e quatro meses, parte dessas crianças não tomaram nenhuma vacina", acrescentou o secretário de Saúde.

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