Dieta, no seu sentido literal, é o conjunto de hábitos alimentares de um indivíduo. Na maioria das vezes, no entanto, o termo se refere à seleção de comida por razões médicas, culturais, religiosas ou estéticas, com objetivos variados: prevenção de alergias, perda ou ganho de peso, diminuição dos níveis de colesterol e triglicérides, desintoxicação do organismo, combate à hipertensão arterial, redução da glicose ou ácido úrico no sangue, entre outros.
Embora grande parte das pessoas se submeta ao regime (como também é chamado) com objetivos estéticos, muitos são realizados como tratamento preventivo ou corretivo, quando o organismo está desequilibrado – podendo, inclusive, abarcar casos de sobrepeso, em que a saúde da pessoa também está em jogo. A eliminação de certos alimentos no cardápio é acompanhada pela substituição por comidas com valores nutritivos mais adequados.
Uma dieta alimentar equilibrada incorpora diferentes grupos de alimentos – gorduras, óleos, açúcares, lacticínios, carnes, ovos, peixes, grãos, nozes, vegetais, frutas, cereais, pães, arroz e massas – que fornecem ao organismo todas as proteínas, vitaminas, minerais, hidratos de carbono e fibras indispensáveis ao organismo. A quantidade que cada grupo de alimentos deve ser consumido depende da idade, sexo e condição de saúde do indivíduo.
Os programas alimentares mais conhecidos podem ser divididos em:
Dietas de desintoxicação têm como objetivo eliminar toxinas do corpo: ao limpar o cólon, podem melhorar o sistema circulatório, reforçar o papel do fígado no processo de eliminação de excretas ou direcioná-las a outros órgãos específicos do corpo. O programa alimentar pode incluir ervas e suplementos. Especialistas neste tipo de dieta recomendam que os pacientes se submetam a ela no máximo três vezes por ano. Entretanto, não há comprovações científicas de como elas atuam no organismo.
Dietas de restrição ao glúten são indicadas apenas para pacientes de doença celíaca – condição na qual o glúten provoca uma reação imunológica anormal no corpo. Os potenciais benefícios da restrição ao glúten em crianças com autismo ainda são motivo de discussões no meio científico. Dietas de restrição ao açúcar e carboidratos com alto índice glicêmico são dirigidas a diabéticos e pré-diabéticos, que devem reduzir os níveis de açúcar no sangue. Dietas com restrição de lactose ou de alimentos específicos como o amendoim ou frutos do mar previnem reações em indivíduos que
apresentam alergias específicas.
Dietas de combinação partem do princípio de que o que importa não é a qualidade, nem a quantidade. É a combinação certa de alimentos que evita que toxinas sejam liberadas por meio dos processos fermentativos. Assim, comidas ácidas não devem se misturar a carboidratos durante a digestão. Dietas macrobióticas incorporam princípios ayurvédicos de combinação de alimentos, baseando-se nas propriedades do yin e yang. De acordo com seus idealizadores, o ideal é que a pessoa abandone gradativamente o consumo de carnes e opte por cereais integrais, legumes e outros produtos cultivados localmente.
Dietas ortomoleculares pretendem restaurar o equilíbrio bioquímico do organismo pela ingestão correta dos alimentos, com todos os nutrientes. Incluem a substituição de produtos industrializados por frescos, alimentos proteicos com baixo teor de gordura e proibição da carne vermelha e gema de ovo. A última refeição do dia não pode incluir carboidratos simples. Pode recomendar o uso de suplementos de vitaminas e minerais.
Dietas do tipo sanguíneo partem do princípio de que o tipo sanguíneo pode indicar como um organismo está preparado em relação à alimentação. Desta forma, quem tem sangue O digere carne vermelha com mais facilidade. Pessoas com sangue A devem focar o consumo de peixes, vegetais, cereais e frutas, pois o organismo é mais sensível. Indivíduos do grupo B toleram bem laticínios, ao passo que os AB aceitam bem ingredientes variados. Os programas de dieta são montados colocando
pequenas quantidades dos grupos de alimentos que não são “bem-aceitos” pelo corpo. A ideia não é proibir, mas evitar.
Dietas vegetarianas têm a carne, especialmente a vermelha, como alimento proibido. Podem ser divididas basicamente em três: as que incluem alimentos derivados de animais, como ovos, leite e laticínios; as que incluem carnes brancas e os derivados de animais, e as que rejeitam todos os tipos de carne e derivados.
Dietas mediterrâneas dão ênfase ao consumo de azeite de oliva, inspiradas na comida típica de alguns países como Grécia, Espanha e Portugal. Muitos vegetais, legumes, temperos e ervas, sementes, peixes, frutos do mar e vinho formam o cardápio. A ingestão moderada de gorduras, principalmente as saturadas, associadas ao ômega 3, ômega 6 e vitaminas é comprovadamente uma forma de reduzir significativamente o risco de doenças cardiovasculares e até o Alzheimer.
Dietas das proteínas, como a famosa “Dieta do Dr, Atkins”, restringe o consumo de carboidratos de forma drástica: nem mesmo a ingestão de derivados é aceita nas primeiras semanas do programa. Embora seja uma maneira rápida de perder peso, não leva em consideração a qualidade ou a quantidade do que é consumido. A Dieta de South Beach, por sua vez, contempla todos os grupos alimentares tendo em vista a redução do colesterol ruim e do triglicérides, dando ênfase ao consumo de proteínas e alimentos integrais e evitando massas, doces e frituras.
Dietas dos pontos se baseiam no incentivo, com base no programa adotado pela organização Vigilantes do Peso: uma pessoa segue uma tabela com os tipos de alimentos e deve consumir apenas a cota estipulada para aquele dia, de acordo com suas características físicas (altura, idade, sexo e prática de exercícios). Cada ponto corresponde a aproximadamente 3,5 calorias. Entretanto, é preciso cuidar para que o programa não leve a uma alimentação desbalanceada.
Para emagrecer, muitas pessoas se distanciam de alimentos naturais que consideram “gordurosos” ou “oleosos” demais. Mas isso, indicam estudos, é uma má ideia. As nozes, por exemplo, preparam o corpo para lidar com o estresse, reduzem a pressão e o colesterol, fortalecem o sistema imunológico (inclusive contra o câncer), músculos e ossos, suavizando os efeitos da menopausa também. O abacate previne e reduz colesterol e triglicérides, beneficia articulações e evita doenças degenerativas, autoimunes e alergias.
Dietas ricas em proteínas podem ser prejudiciais para mulheres que já entraram na menopausa. De acordo com uma pesquisa norte-americana, este tipo de programa alimentar pode estar associado ao aumento da perda da densidade óssea – justamente em um período favorável ao surgimento da osteoporose. Além disso, o consumo exagerado de metionina (encontrado em carnes vermelhas, peixes e ovos, por exemplo) pode aumentar o risco para o Alzheimer.
Se o intuito é emagrecer, nada melhor do que a combinação de uma alimentação balanceada e exercícios físicos regulares. Quando uma pessoa começa um regime, o organismo aciona um mecanismo de compensação: quanto menos você come, menor o seu metabolismo. Isso significa que fechar a boca, apenas, pode não fazer diferença significativa na balança. É necessário induzir as células do seu corpo a trabalharem mais, aumentando a circulação e a oxigenação do sangue.
- Alergia alimentar
- Anemia
- Anemia por deficiência de vitamina B12
- Anorexia nervosa
- Bulimia
- Colesterol e triglicérides altos
- Colite ulcerosa
- Diabetes
- Diarreia
- Diverticulite
- Doença celíaca
- Doença de Crohn
- Gases (flatulência)
- Gastrite
- Gota
- Hemorroidas
- Intolerância à lactose
- Intoxicação alimentar
- Menopausa
- Osteoporose
- Síndrome do intestino irritável
- Úlcera péptica