A gravidez é o estado de desenvolvimento de um embrião ou feto dentro do corpo feminino. Para que uma mulher engravide, é necessário primeiro que ocorra a fecundação, ou seja, o encontro bem sucedido entre espermatozoide e óvulo e a união dos cromossomos, criando uma célula chamada zigoto. Apenas quando o zigoto – após divisões sucessivas – alcança o endométrio (o revestimento interno do útero) é que ocorre a gravidez.
Implantado no útero, o zigoto passa a se chamar embrião, começando a produzir gonadotrofina coriônica humana (hCG) – o “hormônio da gravidez”, responsável por impedir a destruição do revestimento uterino que levaria ao aborto. É o começo de uma longa etapa, marcada por muitas mudanças no corpo da gestante e do pequeno ser que está dentro dela.
Uma gravidez normal dura em média 40 semanas. No primeiro trimestre, os seios da mulher ficam maiores e mais sensíveis. Ela fica mais cansada, sente mais sono e urina com mais frequência. Placenta e saco amniótico se formam nas primeiras oito semanas, respectivamente nutrindo o embrião com sangue materno por meio do cordão umbilical e evitando impactos perigosos ao desenvolvimento do bebê. No fim do primeiro mês, todos os órgãos já estão formados. No fim do segundo mês, com ouvidos, olhos, genitais, dedos das mãos e dos pés formados, o embrião começa a se mexer.
No segundo trimestre, o futuro bebê é chamado de feto. Tem aproximadamente 10 centímetros e 250 gramas, apresentando organização dos órgãos internos. O organismo se adapta à nova condição, e os níveis de hCG diminuem, causando menos cansaço e enjoos. É a fase em que o bebê começa a crescer, chutar a barriga da mãe, chupar o dedo e abrir os olhos. No mesmo período as cartilagens são substituídas por ossos.
O feto está com cerca de 30 centímetros e 1.300 gramas no começo do terceiro trimestre. A partir deste ponto o feto cresce rapidamente, pois há depósitos de gordura sob a pele, e os sistemas devem se desenvolver completamente. No último mês de gravidez, o feto, com aproximadamente 50 centímetros e 3,5 quilos, se prepara para o nascimento: vira de cabeça para baixo e se encaixa na parte inferior da pelve. O parto encerra a gravidez.
A gravidez gemelar é a condição em que a gestante carrega dois ou mais fetos simultaneamente. As crianças que dividem a barriga materna são chamadas de gêmeos. Gêmeos bivitelineos são formados a partir de dois óvulos fecundados que se desenvolvem na maioria das vezes em placentas distintas. Têm características físicas diferentes e podem ser de sexos diferentes.
A gravidez de gêmeos idênticos acontece quando um óvulo é fecundado e se divide nos primeiros dias após a fecundação, geralmente dividindo a mesma placenta. Gêmeos xifópagos (siameses) são formados a partir de um mesmo zigoto que não se divide por completo ou embriões que se “colam” nos primeiros estágios da gravidez.
Quando um óvulo fecundado é implantado fora do útero, trata-se de uma gravidez ectópica. Geralmente estabelecido na trompa uterina, podendo também estar localizado no colo do útero ou no ovário, o zigoto é incapaz de se desenvolver, pois não há espaço suficiente para crescer. É uma condição perigosa que obriga médicos a remover o embrião.
A gravidez psicológica, ou fantasma, conhecida pelos médicos como pseudogestação, é uma condição psicológica e biológica manifestada pelo aumento do volume do abdome e outros sintomas de gravidez, como enjoo, sem que tenha ocorrido a fecundação ou a gestação propriamente dita. É uma gravidez falsa, que pode ser detectada precocemente pela ausência de hCG.
A duração da gravidez varia de acordo com as espécies. Em geral, animais maiores têm gestações mais longas, já que ocorrem mais divisões celulares. O tempo de gestação nos elefantes, por exemplo, pode chegar a 24 meses, e o filhote pode nascer com quase 100 quilos. O menor tempo de gestação fica por conta dos musaranhos, cujos filhotes nascem entre 18 e 28 dias após a fecundação pesando pouco mais de dois gramas e sendo menores do que uma abelha.
Na gestação humana, o feto já começa a perceber os sons externos desde a 20ª semana. O conhecimento da experiência auditiva no meio intrauterino sugere que haja estimulação acústica, pois o bebê já é capaz de ouvir a mãe – incrementando a futura relação entre os dois, a habilidade linguística e o exercício da memória.
Além disso, muitos estudos indicam que a música é capaz de fazer com que o bebê se sinta mais calmo. Sons agudos chegam mais fortes aos ouvidos do feto, devido a vibrações que provocam no líquido amniótico. Dentro da barriga, os fetos são capazes também de diferenciar vozes, distinguir sons, intensidade e altura, sons familiares ou não e até mesmo a direção do som.
- Aborto espontâneo
- Anemia
- Asma
- Depressão
- Depressão pós-parto
- Diabetes gestacional
- Distúrbios da tireoide
- Endometriose
- Escoliose
- Flatulência
- Gengivite
- Gravidez ectópica
- Hemorroidas
- Hepatite C
- Incontinência urinária
- Infecção do trato urinário
- Infertilidade
- Mastite (infecção da mama)
- Pneumonia
- Pré-eclâmpsia
- Sarampo
- Trombose
- Sífilis
- Vaginite
- Varizes
- Câncer do endométrio