Escoliose: conheça os tipos e saiba como identificar e tratar
Redação EdiCase
Escoliose: conheça os tipos e saiba como identificar e tratar

Doença na coluna vertebral é bastante comum e afeta principalmente as mulheres 

A escoliose é uma doença caracterizada pelo desvio da coluna vertebral para a direita ou para a esquerda, resultando em um formato de “S” ou “C”. “É uma deformidade da coluna vertebral nos três planos do espaço, ou seja, consiste em uma curvatura lateral da coluna com uma rotação das vértebras dentro da curva”, esclarece Patrícia Italo Mentges, fisioterapeuta especializada no tratamento da escoliose.

Não é resultado de má postura 

É importante saber que a escoliose que envolve a rotação vertebral, chamada escoliose estrutural, não se desenvolve a partir de posturas erradas, afirma a fisioterapeuta. Entretanto, é difícil definir a origem da escoliose, mas sabe-se que é decorrente de uma má-formação nas cartilagens e que ocorre com mais frequência em meninas.  

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Patrícia Italo Mentges ressalta ainda que a escoliose não deve ser confundida com postura errada. “Ela é uma patologia e deve ser tratada como tal”, revela. Por outro lado, um pequeno desvio lateral pode ser resultado de maus hábitos posturais.

Origem do problema

Existem algumas escolioses que possuem uma causa definida, como as decorrentes de paralisia cerebral e outras similares, de fundo neurológico; as causadas por má-formação, poliomielite, distrofias musculares, entre outras. Já as escolioses que não possuem uma origem bem definida, recebem o nome de escoliose idiopática e são, normalmente, ligadas a fatores genéticos. 

Graus da escoliose 

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), 2 a 4% da população tem escoliose, ou seja, é uma doença relativamente comum. Mas existem diferentes graus, o que pode fazer com que a pessoa demore anos para descobrir que possui a doença, no caso de um grau leve.  

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Esses graus estão divididos em escolioses leves, moderadas e graves. Essas denominações determinam graus que podem ser medidos em exames radiográficos específicos pedidos pelo médico, como explica Patrícia Italo Mentges. Para que o desvio de coluna seja considerado uma escoliose, ele deve apresentar no mínimo 10 graus.

Influências no dia a dia 

Nem todos os graus de escoliose comprometem as atividades cotidianas das pessoas. “As escolioses leves e moderadas tendem a não afetar tão diretamente a rotina de vida, a não ser que venham acompanhadas de outros comprometimentos, como os neurológicos”, ressalta a fisioterapeuta.  

Além disso, as escolioses mais comuns, as idiopáticas do adolescente, permitem que se faça exercícios . Já os casos mais graves de escoliose, com graus mais elevados, afetam diretamente as tarefas diárias. Isso porque esses casos “acometem a respiração, exigindo algum repouso e que se evite atividades extenuantes”, acrescenta Patrícia Italo Mentges. 

Diagnóstico da doença 

O diagnóstico da escoliose é feito a partir de exames clínicos e pela radiografia (raio X). A doença pode ser diagnosticada em recém-nascidos (ainda no primeiro ano de vida), no estágio infantil (até os três anos) e juvenil (a partir dos 4 anos até a adolescência).  

A escoliose idiopática, o pior tipo da doença, é ligada a fatores genéticos e é a mais comum, chegando a 85% dos casos e atinge, em 80% dos casos, as meninas.  

É muito importante que a escoliose seja identificada o mais cedo possível, pois existe mais possibilidade de êxito no tratamento. A fisioterapeuta especialista em escoliose insiste que qualquer desnível deve ser averiguado com o pediatra, o ortopedista ou o fisioterapeuta, o mais rápido possível. 

“Não deixe para mais tarde, pois a escoliose tem um período em que ela é perfeitamente tratável. Se deixarmos para depois, as chances de um bom tratamento caem drasticamente”, afirma. 

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Tratamento da escoliose

O tratamento da escoliose do adolescente depende da idade do paciente, do grau de maturação óssea (vista na radiografia), do tempo decorrido da primeira menstruação (nas meninas) e do grau e tipo de curva vista na radiografia.

Geralmente, os pacientes com curvas entre 10 e 20 graus fazem tratamento com atividade física, fortalecimento muscular e fisioterapia, com exercícios e alongamento.

É importante o acompanhamento para observar a evolução da curva, isto é, para ver se há piora da escoliose. Os pacientes adolescentes com curvas entre 20 e 40 graus podem ser tratados com colete, dependendo da idade, maturação óssea e tempo decorrido da primeira menstruação.  

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