Enquanto o Brasil  estuda a liberação dos cigarros eletrônicos e vaporizadores - conhecidos como vapes - os Estados Unidos caminha na direção contrária. De acordo com os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC, em inglês) do país, existem pelo menos três mortes associadas ao uso contínuo do dispositivo. Os casos ainda são investigados.

Mercado de vaporizadores deu um salto nos últimos anos
Ana Weiss/ IG
Mercado de vaporizadores deu um salto nos últimos anos

A morte mais recente relacionada aos vaporizadores foi notificada nesta sexta-feira, no estado de Indiana. Além das mortes, outras centenas de pessoas podem ter adquirido doenças cuja ligação com os vapes ainda não é completamente certa.

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Por enquanto, a recomendação - pelo menos nos Estados Unidos - é de que “enquanto as investigações correm, as pessoas não devem usar os vaporizadores ”. Com cerca de 2 milhões de jovens em idade escolar que fazem uso dos cigarros eletrônicos, o governo norte-americano trata o hábito como uma epidemia. 

De acordo com a vice-diretoria interina do CDC, Ileana Arias, a prioridade neste momento é descobrir qual componente está deixando as pessoas doentes. “Ainda estamos enfrentando perguntas complicadas nesse surto”, disse a profissional ao ABC News. 

A suspeita até agora é de que um aditivo específico que contém vitamina E pode ser a causa das doenças. A possibilidade, porém, ainda não foi confirmada, uma vez que existem dezenas de aditivos e substâncias que podem ser inaladas pelo dispositivo. Todas as vítimas também afirmaram ter feito uso de THC, tabaco ou ambas as substâncias imediatamente antes da doença. 

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De acordo com os centros, pelo menos 450 pessoas apresentaram sintomas similares após o uso dos cigarros , refil ou inalação dos líquidos especiais. Entre eles, a dificuldade para respirar, fadiga, febre, náuseas, diarréia e vômito. 

Brasil discute queda de proibição dos vapes

Os dispositivos eletrônicos para fumar - grupo onde está incluído o vape - são proibidos no Brasil desde 2009. A medida compõe a política antifumo do país. Nos últimos anos, porém, o comércio de vaporizadores deu um salto, o que conduziu a Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa a discutir, junto à população, uma eventual flexibilização na regra. 

Quem se posiciona a favor do produto alega, principalmente, que a liberação pode beneficiar a economia além de oferecer uma via mais saudável às 18 milhões de pessoas dependentes de tabaco no Brasil, uma vez que a vaporização ofereceria menos riscos do que a combustão do fumo.

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A última audiência pública sobre o assunto aconteceu no dia 27 de agosto, no Rio de Janeiro. Apesar do diálogo, a  Anvisa garante que ainda existe um longo caminho até que a liberação dos vapes aconteça.


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