Na segunda-feira (28), o prefeito de São Paulo , Bruno Covas (PSDB), foi diagnosticado com um câncer na cárdia, que fica localizada entre o estômago e o esôfago. Além do tumor maligno, o médico Artur Katz, durante coletiva de imprensa no Hospital Sírio-Libanês, afirmou que há uma metástase única no fígado.

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Bruno Covas, prefeito de São Paulo, foi diagnosticado com câncer e terá que passar por sessões de quimioterapia
Reprodução/Instagram/brunocovas
Bruno Covas, prefeito de São Paulo, foi diagnosticado com câncer e terá que passar por sessões de quimioterapia

Na última quarta-feira (23), o prefeito deu entrada no hospital para tratar uma erisipela. Já na sexta-feira (25), ele foi diagnosticado com trombose venosa das veias fibulares. Após exames, detectaram tromboembolismo pulmonar. No domingo (27), por sua vez, revelou-se o tumor no trato digestivo, que se mostrou um câncer maligno. 

O câncer de estômago, geralmente, afeta homens com mais de 50 anos. Bruno Covas, no caso, tem 39. Ainda na coletiva, o infectologista David Uip afirmou que “nunca viu um diagnóstico tão precoce” e avaliou a doença como “traiçoeira”, uma vez que não apresentou nenhum sintoma local. A primeira manifestação, segundo ele, foi a trombose. 

De acordo com Gustavo Sanches Faria Pinto, oncologista clínico do Departamento de Neoplasias Gastrointestinais do Hospital de Amor, o paciente com esse tipo de tumor pode apresentar alguns sinais, como vômito com sangue, dor, perda de peso, dor abdominal, sensação de desconforto digestivo e saciedade precoce. 

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O profissional detalha as causas. “Alta ingestão de alimentos ricos em sal, consumo excessivo de defumados e embutidos; dieta pobre em vitaminas A e C; obesidade, tabagismo, infecção por H. Pylori (principalmente o subtipo intestinal), infecção por Epstein-Barr vírus (EBV), exposição à radiação, cirurgia prévia e fatores genéticos”, pontua. 

Tratamento com quimioterapia

Segundo o oncologista, a doença é diagnosticada através dos sintomas clínicos suspeitos associados aos sinais mais graves. Depois, endoscopia digestiva alta com biópsia da lesão é realizada. Após o resultado, o médico indica o tratamento, que vai depender do estágio em que o câncer se encontra. 

“Quando localizado no início, apenas ressecção endoscópica (a minoria dos casos ). A partir do estágio II, é baseado em um tratamento multidisciplinar, envolvendo cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia. Quando metastática, o tratamento é principalmente quimioterapia e a cirurgia fica reservada para casos de exceção”, pontua Faria.

Na coletiva de imprensa, o oncologista do Sírio Libanês, Túlio Pfifer, informou que as sessões de quimioterapia de Bruno Covas , com três tipos de medicamentos, vão começar em breve. O especialista também destacou que, após um período de seis a oito semanas, será feita uma nova avaliação para saber se o tratamento quimioterápico fez efeito. 

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O oncologista do Hospital de Amor diz que, em 2018, o câncer de estômago foi o 5º tipo com mais incidência no mundo. No ano passado, segundo ele, dados estimados pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA) apontam mais de 21 mil casos da doença no Brasil, sendo mais de 13 mil em homens.

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