O governador do Paraná, Ratinho Júnior , e o embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, oficializaram ontem a parceria para que a vacina contra a Covid-19 desenvolvida no país europeu seja produzida no estado.
O imunizante, batizado de Sputnik V , foi anunciado terça-feira (11) como o primeiro do mundo a ter a comercialização autorizada, mas gerou desconfiança na comunidade científica internacional por ainda não ter passado por todas as etapas de testes necessárias.
O diretor-presidente do Instituto de Tecnologia do Paraná, Jorge Callado, disse que o governo do estado já assinou um memorando de entendimento com o governo russo. Agora, segundo ele, um grupo de trabalho começará as tratativas técnicas para aquisição e a produção da vacina.
— A produção só começará após a aprovação de todos os órgãos regulatórios, como a Anvisa e a Comissão Nacional de Ética e Pesquisa. E, claro, com a consonância da OMS , que é fundamental. Não teremos passos apressados, nem vamos queimar etapas. Vamos seguir todas as etapas técnico-científicas necessárias — garantiu Callado, em coletiva de imprensa.
O secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Hélio Angotti Neto, afirmou ontem que a pasta pretende usar a primeira vacina que se mostrar eficiente e segura contra o novo coronavírus. Segundo ele, o fato de o governo federal ter fechado parceria com o projeto em desenvolvimento pela Universidade de Oxford e pela farmacêutica AstraZeneca não exclui as outras opções:
— Se há 15 opções de vacina, e essas 15 ajudarem o nosso povo, o governo vai atrás das 15. Não há problema nenhum no fato de ter um acordo com um determinado parceiro que nós fechemos acordo com outros. Não há impedimento nesse aspecto.