HIV atinge 827 mil pessoas, mas 112 mil não sabem da doença
Outro problema apontado pelo levantamento do Ministério da Saúde é que 260 mil pessoas que já receberam o diagnostico ainda não estão se tratando
Por iG São Paulo |
Desde o início da epidemia de Aids no Brasil, em 1980, até o final de 2015, foram registrados 827 mil pessoas que vivem com HIV no Brasil. O problema principal é que 112 mil ainda não sabem que têm a doença. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (30) pelo Ministério da Saúde.
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“Inserir essas pessoas nos serviços de saúde, por meio da testagem e do início imediato do tratamento, é a prioridade”, afirmou o ministro da Saúde, Ricardo Barros. Hoje, 489 mil pessoas com HIV estão em tratamento no País.
Outro problema apontado pelo levantamento é que 260 mil pessoas que já receberam o diagnostico ainda não estão fazendo o tratamento. O uso correto dos medicamentos fez com que a mortalidade caísse 42,3% em 20 anos, segundo a pasta.
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A taxa caiu de 9,7 óbitos por 100 mil habitantes, em 1995, para 5,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2015, fazendo com que a epidemia pudesse se estabilizar no Brasil. Hoje, a taxa de detecção gira em torno de 19,1 casos a cada 100 mil habitantes ou 41,1 mil casos novos ao ano.
Aumento entre homens
Enquanto o ministério registra queda no número de casos entre mulheres de todas as faixas etárias, em relação aos homens o problema só aumenta. Em 2006, a diferença entre os sexos era de um caso em mulher para cada 1,2 casos em homem. Já no ano passado aumentou para um a cada três casos em homens.
Os jovens ainda correm mais risco. Para a diretora do Departamento de Infecções Sexualmente Transmissíveis, Aids e Hepatites Virais, Adele Benzaken, essa vulnerabilidade pode ser explicada pelo fato dos jovens não frequentarem os serviços de saúde e pela própria negação de sua condição do soropositivos.
Já a taxa de detecção do HIV em menores de cinco anos, algo que ocorre quando a mãe acaba transmitindo o vírus para o filho , caiu 36% nos últimos seis anos. “A redução na transmissão de mãe para filho foi possível graças a ampliação da testagem, que promovemos nos últimos anos, aliados ao reforço na oferta de medicamentos para as gestantes”, explicou o ministro Ricardo Barros.