Prefeitura de São Paulo vai distribuir medicamentos doados por laboratórios

Segundo a gestão municipal, a medida tem caréter emergencial e contará com o apoio de 12 farmacêuticas além do governo do Estado de São Paulo

Prefeito de São Paulo, João Doria, ao lado de Telma Salles, presidente da Progenéricos, no anuncio da ação emergencial
Foto: Fernando Pereira/Secom 08.02.2017
Prefeito de São Paulo, João Doria, ao lado de Telma Salles, presidente da Progenéricos, no anuncio da ação emergencial

A prefeitura de São Paulo anunciou nesta quarta-feira (8) que vai distribuir medicamentos doados por laboratórios farmacêuticos para pacientes da rede municipal por um período de dois meses. A ação terá início em 20 de fevereiro e, de acordo com a gestão municipal, tem caráter emergencial.

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“Esse é um projeto que não vai perdurar. Será até que nós consigamos uma solução mais duradoura e definitiva para esse problema grave que é a falta de medicamento para a população”, afirmou o secretário municipal de Saúde de São Paulo , Wilson Pollara.

No total, serão doados mais de 380 milhões de comprimidos de 165 tipos de remédios, como analgésicos, anti-inflamatórios, para controle de pressão arterial e diabetes. “São medicamentos de uso contínuo, ou seja, são doenças que não podem ter seu tratamento interrompido”, afirmou Telma Salles, presidente da Progenéricos.

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A validade dos produtos deverá ser superior a seis meses. Segundo a prefeitura, nas farmácias privadas, os remédios só podem ser comercializados com mais de um ano do prazo de validade – quando ficam abaixo desse período, precisam ser incinerados. “Já na rede municipal de saúde, a exigência é que o medicamento seja entregue à população com a validade dentro do período de uso”, diz nota.

 A distribuição será dividida em quatro lotes. Considerando o preço de fábrica, os 380 milhões de comprimidos valeriam R$ 120 milhões. O governo do Estado também terá participação na ação, isentando os remédios dos impostos cobrados normalmente.

O secretário e o prefeito João Doria fizeram o anúncio da medida após reunião com representantes de 12 laboratórios farmacêuticos. “São grandes empresas que tiveram boa vontade para fazer este esforço coletivo em relação a este problema”, disse Doria. A expectativa é de que dentro de três meses a população já esteja fazendo uso dos medicamentos.

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Futuro

Normalmente, a prefeitura de São Paulo distribui 375 tipos de medicamentos por mês, gerando um gasto mensal de R$ 40 milhões. Após a ação emergencial anunciada nesta quarta, a ideia é apresentar um novo programa de distribuição para evitar que a cidade volte a enfrentar problemas na distribuição. Detalhes desta futura ação, entretanto, não foram divulgados ainda.