Jovem antivacina que processou escola após ser banido pega catapora nos EUA

Religiosos, Jerome Kunkel alegou que vacinas derivam de “fetos abortados” e, por causa disso, imunização seria uma prática "imoral, ilegal e pecaminosa"

Jovem processou departamento de saúde, após ser banido de escola por não tomar vacina
Foto: Reprodução/Twitter
Jovem processou departamento de saúde, após ser banido de escola por não tomar vacina

Um adolescente que processou o departamento de saúde de Kentucky, nos Estados Unidos, após ser banido da escola por se recusar a ser vacinado contra catapora, pegou o vírus. Jerome Kunkel, de 18 anos, não teria aderido à campanha de imunização com base em argumentos religiosos, alegando que a vacinação era “imoral, ilegal e pecaminosa”.

Leia também: Fake news das antigas, movimento antivacina segue com força nas redes sociais

Em meio a um surto de catapora , em que 32 estudantes apareceram com a doença, em um colégio da cidade de Walton, o departamento de saúde da região deu início a uma campanha de imunização e decidiu suspender todos os alunos que não fossem vacinados. Insatisfeito após ser impedido de assistir às aulas, Kunkel entrou com uma ação judicial e o caso ganhou o noticiário local, em abril.

"Isso é tirania contra nossa religião , nossa fé, nosso país", disse Bill Kunkel, pai do estudante ao The Washington Post . "Ele está sendo penalizado porque é uma criança saudável. Pode ser que ele nunca pegue varicela."

Porém, na semana passada, o adolescente começou a sentir sintomas da doença, segundo o advogado do jovem, Christopher Weist. Apesar disso, o advogado alegou que seu cliente não se arrepende da decisão de não ter tomado a vacina , já que, segundo sua crença, vacinas derivam de “fetos abortados”. Além disso, a família do estudante está feliz com o fato de que, depois que a doença ser curada, Kunkel estará finalmente imunizado.

Leia também: Ministro da Saúde faz apelo para público-alvo se vacinar contra a gripe 

O processo movido pelo jovem foi fracassado, já que o juiz de Kentucky concordou com os argumentos do departamento de saúde de que a catapora é uma doença altamente contagiosa.