Morte temporária? Método de animação suspensa é usado em humanos pela 1ª vez

Nova técnica de cirurgia foi usada em paciente nos Estados Unidos. A "animação suspensa" reduz a temperatura do corpo para 10ºC/15ºC

Os filmes de ficção científica estão mais próximos da realidade. No começo desta semana foi revelado durante um simpósio na Academia de Ciências de Nova York que médicos americanos “congelaram” um paciente durante cirurgia.

Leia também: Febre, náuseas e até desmaios - saiba o que é o envenenamento solar

Foto: shutterstock
Animação Suspensa foi utilizada em humanos pela primeira vez

O procedimento de “animação suspensa” – quando existe uma hipotermia induzida – foi utilizado num pronto-socorro de Baltimore, nos Estados Unidos, para evitar a morte da vítima. A ideia é injetar soro gelado na artéria aorta do paciente para que sua temperatura interna chegue entre 10ºC e 15ºC.

A respiração e os batimentos cardíacos reduzem tanto que nem os aparelhos conseguem detectar. Mas por que recorrer a esse tipo de procedimento? A animação suspensa , ou técnica de preservação e ressuscitação de emergência (EPR), foi desenvolvida para ser utilizada em cirurgias com pacientes gravíssimos.

Como o organismo funciona em câmera lenta, a chance de sobrevivência da vítima durante uma operação é maior. Caso o paciente tenha perdido muito sangue, com o EPR os médicos conseguem ganhar um tempo extra para reverter a situação. Após os procedimentos, os médicos reaquecem o corpo e reanimam o coração do paciente.

Leia também: Médicos usam podcasts para divulgar dicas de saúde: "ótimo canal de diálogo"

A técnica é nova e não é 100% segura, já que durante o “congelamento” pode ocorrer algum problema e o paciente vir a morte , mas de acordo com os relatos da Academia de Nova York o primeiro procedimento foi um sucesso.