Após morte por febre hemorrágica em SP, mais de 100 pessoas são monitoradas

Todas as pessoas que entraram em contato com vítima da doença devem ser monitoradas

Após a primeira morte por febre hemorrágica registrada depois de 20 anos sem notificações, o estado de São Paulo entrou em alerta para evitar um surto da doença, que é altamente letal.

Leia mais: Primeiro caso de febre hemorrágica é registrado após 20 anos

Foto: shutterstock
A febre hemorrágica é considerada extremamente rara e de alta letalidade


O Ministério da Saúde informou, nesta terça, que as cerca de 100 pessoas que entraram em contato com o paciente estarão monitoradas quanto a possíveis sintomas.

O período máximo para incubação do vírus é até o dia 3 de fevereiro, data limite para o fim do acompanhamento. Apesar da preocupação, não há manifestação de sintomas nos monitorados até o momento. Casa algum indício da doença seja detectado, os pacientes serão encaminhados para internação. 

Contaminação e transmissão

Segundo o Ministério da Saúde, as pessoas contraem a doença possivelmente pela inalação de partículas formadas a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados .

Leia mais: Caso Backer: Sobe para 21 os casos de intoxicação em Minas Gerais

A transmissão dos arenavírus de pessoa a pessoa pode acontecer quando há contato muito próximo e prolongado ou em ambientes hospitalares, quando não se utilizam equipamentos de proteção, por meio de contato com sangue, urina, fezes, saliva, vômito, sêmen e outras secreções ou excreções.

Histórico no Brasil

O último registro de febre hemorrágica brasileira foi há mais de 20 anos. Nesse período, foram quatro casos em humanos, sendo três adquiridos em ambiente silvestre no estado de São Paulo e um por infecção em ambiente laboratorial, no Pará.