Vapes podem estar por trás de casos graves de coronavírus em jovens adultos

Tabagismo e hábito de vaporizar cigarros eletrônicos preocupam médicos por fragilizar pulmões dos jovens

Em 2018, uma onda de hospitalizações de jovens devido a uma doença pulmonar em comum preocupou tutores e profissionais de saúde. Mais tarde, a doença misteriosa mostrou uma relação com o uso de vapes, cuja popularidade cresceu nos últimos anos. Agora, a pandemia do novo coronavírus - também uma doença pulmonar - faz com que o assunto volte aos hospitais, segundo informações do Daily Mail

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cigarros eletrônicos podem justificar casos graves de coronavírus em jovens

Nos Estados Unidos, algumas equipes médicas já alertam para a relação entre a nova doença e os vaporizadores. Os profissionais citam que histórico de fumo e vape podem causar danos e inflamações nos pulmões, o que facilita o desenvolvimento de casos mais sérios da infecção por coronavírus

Os jovens adultos não estão inseridos nos grupos de risco para o novo coronavírus. Apesar disso, quase 40% dos pacientes hospitalizados devido ao Covid-19 nos Estados Unidos possuem idades entre 20 e 54 anos, de acordo com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) do país. 

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Uma publicação científica divulgada pela revista Chinese Medical em fevereiro, porém, aponta um dado que pode justificar o número atípico: fumantes passivos ou ativos correm até 14 vezes mais risco de desenvolver uma forma grave de Covid-19. O estudo faz uma comparação entre pessoas saudáveis que nunca fumaram e outras com taxas e idades semelhantes, mas com a diferença do tabagismo

“Quando os pulmões de alguém são expostos à gripe ou outras infecções, os efeitos adversos de fumar ou vaporizar substâncias se tornam muito mais sérios do que no caso de pessoas que não cultivam o hábito”, aleta Stanton Glantz, pesquisador do Centro de Controle e Pesquisa do Tabaco da Universidade da Califórnia. 

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Nos Estados Unidos, estima-se que pelo menos um a cada cinco jovens adultos seja usuário frequente do vape. No Brasil, não há números que indiquem essa popularidade com precisão, mas a cultura existe - sobretudo por meio da venda ilegal - apesar da proibição do comércio no país.