Laboratório russo não procurou Anvisa para realização de testes de vacina

Segundo Anvisa, não houve solicitação para testagem ou produção da Sputnik V, vacina da Rússia que foi aprovada, no Brasil até esta terça (11)

Foto: Ministério da Saúde da Rússia
Vacina foi testada em humanos em menos de dois meses antes de receber aprovação


O Instituto Gamaleia de Moscou, responsável pela Sputnik V, nova vacina anunciada pela Rússia , não procurou a a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realização de testes ou de registro no Brasil.



O país anunciou que teve aprovação do Ministério da Saúde para regularizar a vacina, que foi testada apenas ao longo de dois meses em humanos. Segundo a Rússia, existem países latino-americanos fechando propostas para começar a produzir a vacina em novembro.

Uma dessas localidades é o estado do Paraná, que anunciou ter feito acordo com o país para produzir a Sputnik V. O governador João Doria (PSDB), de São Paulo, já afirmou que o estado não deve participar da parceria, caso seja mostrado interesse pelo laboratório russo.

"A análise da Anvisa começa a partir da solicitação do laboratório farmacêutico.​ Desta forma, não é possível para a Agência fazer qualquer avaliação ou pronunciamento em relação a segurança e eficácia deste produto antes que tenha acesso a dados oficiais apresentados pelo laboratório”, afirmou a Anvisa em nota.

Os estágios apontados pela Anvisa para pesquisa de medicamentos ou de vacinas para a imunização ou tratamento de qualquer doença se deve pelas seguintes etapas:

Desenvolvimento exploratório,
Pesquisa pré-clínica,
Pesquisa clínica, que é a aplicação em humanos
Registro.

A Anvisa afirma que, caso o laboratório queira testar no País, deve fazer solicitação ao órgão, que deve liberar ou barrar a avaliação em prazo de 72 horas.