Sobreviventes da Covid-19 procuram "tratamento de choque” para driblar sequelas
Pacientes que passam um período internados na UTI são os que mais apresentam complicações que precisam ser tratadas depois da cura
Por iG Saúde |
31/08/2020 11:54:29Apesar de algumas pessoas saírem ilesas pela pandemia do novo coronavírus (Sars-coV-2), segundo a médica Mariana Suzuki, de 30% a 60% dos infectados apresenta uma complicação após se recuperar da doença. E para contornar esse sintoma, uma técnica que envolve “choques” tem sido bastante procurada em Cuiabá. É a Eletroestimulação Muscular (EMS).
“Os efeitos maléficos provocados pela Covid-19 levam um longo prazo para desaparecerem. E a eletroestimulação dos músculos é uma forma de ativação muscular feita por meio de impulsos elétricos que estimulam o sistema nervoso periférico, com resultados comprovados cientificamente”, destaca a Mariana.
No tratamento, o paciente veste uma roupa específica que é conectada a eletrodos e cabos para condução do estímulo elétrico. A musculatura, inclusive a mais profunda, passa a trabalhar – e consequentemente se fortalecer – conforme os “choques” são aplicados.
E não só quem passou por evoluiu para quadro grave da Covid que pode recorrer à técnica. Quem não ficou hospitalizado, mas teve que deixar atividades de lado também pode adotar o método.
As sessões têm, em média, duração de 20 a 25 minutos e podem ser feitas de um a três vezes na semana. Estudos da Universidade de Bayreuth, na Alemanha, mostraram que o uso da técnica promoveu uma diminuição das dores nas costas, por exemplo, de quase 40% das pessoas que utilizando o método. Outro destaque foi à redução das queixas de incontinência urinária em 64,7% dos registros. Esta matéria contém informações do O Livre
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