Saúde nega obrigação e diz que vacina é instrumento de "volta a normalidade"

Em entrevista coletiva nesta quarta-feira (2), o secretário-executivo da pasta, Élcio Franco, disse que haverá incentivo à imunização da população

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Um dia antes o presidente Bolsonaro disse que 'ninguém pode obrigar ninguém a tomar vacina'

O secretário-executivo do Ministério da Saúde , Élcio Franco Filho, afirmou em entrevista coletiva nesta quarta-feira (2) que a pasta vai incentivar a população a se imunizar contra a Covid-19 , doença causada pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2), e que a vacina é um "instrumento para a volta a normalidade". Franco ainda negou que exista a obrigatoridade de tomar a vacina.

"Incentivaremos a vacina para a imunização da população. Caso contrário, poderemos ter o risco da volta de doenças que já haviam sido erradicadas do País, como aconteceu com o sarampo recentemente. Mas lembramos também que a vacina não é obrigatória, mas vai ser um grande instrumento para que voltemos a nossa normalidade, dentro da sociedade, dentro da capacidade produtiva e dentro da educação", disse o secretário-executivo.

Esse assunto ganhou repercussão desde ontem depois que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi abordado por uma mulher que pediu ao governo a proibição da vacina contra a doença. Ela disse que a vacina seria "perigosa" e que acredita que "em menos de 14 anos, ninguém pode colocar uma vacina no mercado".

Na conversa, Bolsonaro respondeu que "ninguém pode obrigar ninguém a tomar a vacina". No dia seguinte, a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) publicou uma peça publicitária em suas redes sociais com a mesma fala do presidente.

Franco também anunciou que a previsão de distribuição da vacina de Oxford continua para o começo do ano que vem. "Entregas em dezembro, iniciando a imunização, se tudo der certo, conforme se está comprovando que vai dar certo, essa imunização começa a partir de janeiro de acordo com o planejado", afirmou.