Covid-19: vacina de Oxford gera "resposta imune robusta" em idosos, diz jornal

Segundo informações do Financial Times, resultados da segunda fase de testes apontaram que voluntários com mais de 55 anos responderam positivamente ao tratamento

Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Artigo mostra que a vacina avançou nos testes realizados com voluntários

Nesta segunda-feira (26), o jornal britânico Financial Times divulgou novas informações sobre os testes da vacina desenvolvida pela AstraZeneca e a Universidade de Oxford contra a Covid-19. De acordo com o texto, o imunizante apresentou "uma resposta imune robusta" em pessoas com mais de 55 anos na segunda fase de testes.

O resultado, da produção de anticorpos neutralizantes que bloqueiam partículas estranhas e linfócitos T, conforme o artigo revela, é divulgado apenas três dias depois da retomada dos testes da vacina contra o novo coronavírus (Sars-Cov-2), que haviam sido paralisados após a morte de um voluntário brasileir o. 

Baseada em versão modificada do adenovírus de chimpanzés, a vacina da AstraZeneca está sendo testa no Reino Unido, no Brasil - em parceria com a Fiocruz -, na África do Sul, no Japão e nos EUA, onde cerca de 30 mil pessoas já se voluntariaram para participar das testagens.

Com o resultado, crescem as expectativas de obtenção de uma vacina até o final do ano ou no início de 2021. Em entrevista neste final de semana à BBC, o infectologista norte-americano Anthony Fauci afirmou que entre o fim de novembro e o início de dezembro será possível dizer se tais vacinas são eficazes ou não.

“A questão é: depois de ter uma vacina segura e eficaz, ou mais de uma, como enviá-la às pessoas que precisam dela o mais rápido possível? A quantidade de doses disponíveis em dezembro certamente não será suficiente para vacinar todo o mundo. Teremos de esperar vários meses, mas os profissionais de saúde, provavelmente, terão acesso prioritário a qualquer vacina, bem como as pessoas consideradas de maior risco”, garantiu o especialista.