Araújo: insumos para produção de 32 milhões de doses de vacina chegam até sexta

Segundo chanceler do presidente Jair Bolsonaro, volume de 1.024 litros de IFA será enviado pela China em três aeronaves

Foto: Alan Santos/PR
Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores

Após participar, na manhã desta quarta-feira (24), de um encontro no Palácio do Planalto que reuniu o presidente Jair Bolsonaro , um grupo de governadores e os presidentes da Câmara (Arthur Lira) e do Senado (Rodrigo Pacheco), o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, anunciou que chegarão ao Brasil, até sexta-feira, três voos da China com Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) para a produção de imunizantes contra a Covid-19.

Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara, Araújo disse que serão desembarcados no país 1.024 litros de IFA para a produção, pela Fiocruz, de 32 milhões de doses de vacina da AstraZeneca.

O ministro enfatizou que o plano nacional de vacinação contém um programa para a chegada de vacinas a cada mês. Ele assegurou que o país terá produção e disponibilidade suficiente para manter o cronograma: "em nenhum momento há, hoje, risco de paralisação da produção de vacinas ou de recebimento de vacinas em função de dificuldades de importação".

Segundo o chanceler , já foram distribuídas 30 milhões de doses em todo o país, dos quais 15 milhões foram aplicadas. Chegaram 25 milhões da China e 5 milhões da Astrazeneca. Ele repetiu o argumento usado pelo governo de que o Brasil é o quinto país do mundo que mais vacinou sua população, atrás apenas de Estados Unidos, Reino Unido, China e Índia.

Ele também citou a Covax , espécie de consórcio integrado por vários países, no qual o Brasil fez um aporte de US$ 148 milhões para ajudar no desenvolvimento de vacinas e já começa a receber os imunizantes. Além disso, já se prepara para receber vacinas de outros laboratórios farmacêuticos.

Araújo confirmou que, decidido a não endossar a proposta co-patrocinada por Índia e África do Sul, de quebrar patentes de produtos usados no combate à Covid-19, o Brasil vai apoiar uma terceira via, como a sugerida pela diretora-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Ngozi Okonjo-Iewala. Uma das opções seria um grande acordo entre laboratórios e países com capacidade de produção de vacinas , por exemplo.