Atraso de dados pode prejudicar planos de distribuição de vacinas no RJ

Das 4,4 milhões de doses de imunizantes, apenas 1,98 milhão foram informadas como aplicadas em moradores dos municípios fluminenses

Foto: Mauro Pimentel/ AFP
Vacinação no RJ

Das 4,4 milhões de doses da vacina contra o coronavírus entregues aos municípios do Rio de Janeiro , apenas 44,9% (ou 1,98 milhão) foram informadas como aplicadas, de acordo com o vacinômetro do Ministério da Saúde, em números consultados às 18h de segunda-feira (12).

Em todo o país, esse percentual só não era mais baixo que o do Amazonas (43,3%) e estava bem distante dos divulgados por estados como São Paulo (75,1%) e Bahia (70,7%). Na origem dessa discrepância pode estar o mesmo atraso nas notificações sobre pandemia no Rio que prejudica pesquisadores no cálculo das taxas de transmissão da Covid-19, por exemplo.

A Secretaria estadual de Saúde (SES) afirma que as doses são aplicadas, mas as prefeituras têm dificuldades para cadastrá-las no Sistema de Informações do Programa Nacional de Imunizações ( SI-PNI ). Essa demora, alerta a pasta, pode prejudicar até o planejamento da distribuição de novas vacinas. A ponto de, na última sexta-feira, a Subsecretaria de Vigilância em Saúde ter estabelecido um cronograma de metas para a inserção dos dados.

Os municípios considerados críticos, com menos de 30% de informação cadastrada, terão sete dias úteis para lançar a aplicação da primeira dose, e 14 dias úteis para a comunicação da segunda. Também foram recomendados prazos, de três a dez dias úteis, a depender do caso, para que prefeituras com 30% a 75% dos registros enviados possam atualizar sua situação. "Informar com celeridade os dados também pode ajudar a corrigir possíveis distorções nas bases usadas pelo Ministério da Saúde para calcular o quantitativo de doses enviadas ao estado para atender cada grupo prioritário elencado no PNI", afirma a SES.