Após Rio anunciar estudos sobre 3ª dose, ministro Queiroga critica medida

Prefeitura afirmou na quinta-feira que analisa possibilidade de aplicar dose de reforço em idosos em outubro

Marcelo Queiroga critica medida anunciada pelo Rio por estar fora do PNI
Foto: Divulgação/Ministério da Saúde
Marcelo Queiroga critica medida anunciada pelo Rio por estar fora do PNI


O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, criticou nesta sexta-feira (16) o anúncio feito  "por um grande município do Brasil" sobre a possibilidade de aplicação da terceira dose da vacina contra Covid-19. Na quinta-feira (15), o secretário de saúde do Rio de Janeiro, Daniel Soranz, afirmou que a prefeitura analisa uma possível dose de reforço em idosos em outubro.

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Durante um discurso em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o ministro da saúde voltou a defender que os municípios sigam o que é definido pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI).

"Em relação à campanha de imunização temos que cumprir o que foi pactuado na tripartite. Não podemos ter municípios criando regras próprias, escolhendo subgrupos diferentes para vacinação. Agora um grande município do Brasil está anunciando terceira dose. Como anunciar terceira dose se a gente não avançou ainda na primeira dose em 100% da população? Isso gera calor em vez de gerar luz, temos que ter os dados oriundos da ciência para tomar decisão", disse o ministro.

Até o momento, a possível aplicação de uma terceira dose de vacina não está em análise no Ministério da Saúde, mas em falas públicas, o ministro já admitiu que a meda pode vir a ser necessária, inclusive negociações para aquisição de mais vacinas pela pasta para 2022 teriam como um dos objetivos garantir a dose de reforço caso necessário. Mas, por enquanto, segundo o ministro não há dados científicos que indiquem a necessidade de uma terceira dose.

"Por que querer ficar criando estratégias próprias, diferente do que foi pactuado na tripartite, criando subgrupos que não foram ali elencados. Vamos trabalhar juntos, valorizar o PNI, acreditar nas autoridades sanitárias", criticou Queiroga.