Pesquisadores descobrem novo tratamento contra tipos agressivos de câncer

Pesquisa identificou uma proteína que desempenha papel essencial na transformação de tecido normal em câncer

Pesquisadores descobrem novo tratamento contra tipos agressivos de câncer
Foto: Matheus Barros
Pesquisadores descobrem novo tratamento contra tipos agressivos de câncer

Uma pesquisa realizada pela Universidade Cambridge em parceira com a Universidade Harvard identificou um novo tratamento que pode ser a chave para o combate a tipos agressivos de câncer.

A pesquisa identificou uma proteína que desempenha papel essencial na transformação de tecido normal em câncer. O novo tratamento visa então inibir a ação desta proteína, o que destruiria completamente as células cancerosas, deixando as células saudáveis ilesas.

A proteína encontrada faz parte da família METTL e está associada a piores casos de cânceres cerebrais, sanguíneos, pancreáticos e de pele. As proteínas desta família estão fortemente ligadas a replicação de células.

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A proteína a ser combatida se chama METTL1 e é produzida por um gene com o mesmo nome, que faz com que as células se repliquem mais rápido, transformando-se em um estado canceroso, gerando tumores altamente agressivos.

Durante a pesquisa, os cientistas inibiram a proteína em questão e eliminou o gene, fazendo com que o crescimento das células cancerosas fosse interrompido, enquanto as células saudáveis se mantinham ilesas. O teste foi realizado em ratos e em modelos de laboratório.

“As células cancerosas se beneficiam de um ciclo celular desregulado, levando a um aumento da replicação, e embora algumas das razões por trás disso sejam conhecidas, ainda há muito a descobrir. Esta pesquisa ilumina profundamente o papel da proteína METTL1 no desenvolvimento do câncer e prova que as mutações neste gene podem fazer com que uma célula se torne cancerosa. Quanto mais entendemos sobre a base genética do câncer e como podemos combater isso, mais tratamentos direcionados de mudança de vida podemos criar”, disse o coautor do estudo, Richard Gregory.