Rio vai fazer sequenciamento genético da variante Delta em pacientes internados

Estudo vai realizar sequenciamento genético da variante Delta em pacientes internados em nove hospitais

Rio vai fazer sequenciamento genético da variante Delta em pacientes internados
Foto: SILVIO AVILA
Rio vai fazer sequenciamento genético da variante Delta em pacientes internados

O estado do Rio vai passar a fazer, a partir deste mês, sequenciamento genético da variante Delta em pacientes internados em nove hospitais. A cepa é considerada mais contagiosa do que as outras variantes do coronavírus.

O estudo terá duas etapas. A primeira será realizada com 300 amostras de pacientes internados em nove hospitais das nove regiões que fazem parte da Rede Nacional de Vigilância Epidemiológica. São elas: Metropolitana I, Metropolitana II, Noroeste Fluminense, Norte Fluminense, Serrana, Baixada Litorânea, Médio Paraíba, Centro-Sul Fluminense e Baía da Ilha Grande.

Na segunda rodada, serão utilizadas amostras aleatórias, como já vinha sendo feito. O objetivo, segundo a secretaria, é monitorar também qual variante tem causado mais internações. Essa nova etapa do estudo foi planejada em conjunto com o grupo técnico assessor da Secretaria estadual de Saúde, composto por especialistas da Fiocruz, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e UNIRIO.

Mensalmente, a Secretaria de Estado de Saúde já realiza a análise de cerca de 800 amostras de todo o estado através do estudo Corona-Ômica-RJ, um dos maiores do país. Desde janeiro, já foram analisadas mais de 3.500 amostras pelo Corona-Ômica-RJ.

Ainda segundo a secretaria, o sequenciamento do coronavírus não é um exame de rotina nem de diagnóstico. É feito como vigilância genômica, para identificar modificações sofridas pelo vírus SARS-CoV-2 no estado. O número de amostras analisadas é baseado em um estudo de capacidade operacional.

O projeto Corona-Ômica-RJ é uma parceria entre SES, Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (Faperj), Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC), Laboratório de Virologia Molecular da UFRJ, Laboratório Central Noel Nutels, Fiocruz e Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.

O 31º Boletim Epidemiológico da cidade do Rio, divulgado na última sexta-feira (6), mostrou a primeira alta de casos de Covid-19 na capital fluminense desde a semana epidemiológica 21, que terminou em 29 de maio. Segundo o painel da prefeitura, houve um crescimento de 17% na quantidade de casos leves da doença entre as semanas 26 e 30 — fim de junho e fim de julho, respectivamente.