SP inicia aplicação de Pfizer na falta de AstraZeneca, mas falta estoque

Segundo Secretaria Municipal da Saúde, grupo com esquema vacinal incompleto chega a 340 mil pessoas; pasta recebeu apenas 165 mil doses do imunizante para atrasados

Vacina da Pfizer
Foto: Reprodução: Google/licenciáveis
Vacina da Pfizer



Na falta de vacinas da AstraZeneca, a cidade de São Paulo começou a aplicar o imunizante da Pfizer para pessoas com a segunda dose atrasada na capital. A medida vale para quem deveria completar o esquema vacinal entre os dias 1° e 15 deste mês.

Segundo o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido, São Paulo recebeu 165 mil doses da Pfizer para essa finalidade. A remessa foi distribuída entre os postos de saúde do município na manhã desta segunda-feira, e a aplicação começou à tarde.


A quantidade de doses, porém, é insuficiente para suprir o déficit. Segundo o secretário municipal da Saúde, o contingente de espera para a segunda dose até o dia 15 chega a 340 mil pessoas na capital paulista. Segundo ele, é difícil fazer uma previsão de quando será possível abarcar a vacinação para todo o grupo: "Dependemos da Fiocruz e do Ministério da Saúde". 

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O governo do estado de São Paulo afirma que não há previsão de envio de novas doses do imunizante à capital. Para isso, reforça, também depende de remessas do Ministério da Saúde.

No final de semana, o governo do estado distribuiu 400 mil doses extras de Pfizer que chegaram e oram remanejadas para a aplicação desta segunda dose. A medida, afirmou, foi adotada diante do “apagão” do Ministério da Saúde que, segundo o governo paulista, deixou de enviar quase um milhão de doses ao estado em setembro.

Ministério defende critérios para 2ª dose

A utilização de imunizantes diferentes para completar o esquema vacinal foi defendida pelo Comitê Científico que assessora o governo estadual na gestão da pandemia, com base em orientações do próprio Ministério da Saúde.

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira, porém, que são necessários critérios na utilização de dois imunizantes diferentes no mesmo esquema vacinal.

"Se por ventura a AstraZeneca, por contas operacionais, faltar eventualmente, se usa a intercambialidade. Mas o critério não pode ser faltou um dia já troca senão a gente não consegue avançar", afirmou.

Na capital paulista, as pessoas que foram aos postos de saúde para a segunda dose atrasada tiveram que assinar um termo de consentimento autorizando a vacinação com mudança de marca.

A prefeitura espera ainda utilizar doses da Pfizer para aplicação da dose de reforço para idosos. Mas, para isso, também depende do recebimento de novos lotes do imunizante.