Na data em que um dos maiores problemas da sociedade moderna é lembrado, reunimos um time de especialistas para conscientizar a população sobre os perigos de estar constantemente "no limite". Confira as dicas!
Segundo o cirurgião Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, o primeiro passo para lidar com as questões é identificar quais situações te deixam mais irritado e o que elas causam. Elas aumentam seu apetite ou tiram seu sono? Só assim será possível evitá-las.
Os hábitos fazem parte da natureza do ser humano, mas mudar de vez em quando faz bem. É o que defende o Dr. Gabriel Batistella, médico neurologista e neuro-oncologista, membro da Society for Neuro-Oncology Latin America (SNOLA). "É bom para o seu cérebro tentar misturar as coisas. Mesmo que essa mudança ocorra apenas uma vez por semana já é de grande ajuda para desestressar", orienta.
Em razão da internet - mas não só dela - vivemos diariamente expostos a um número muito grande de informações, e é natural querer acompanhar tudo. Mas isso pode ser extremamente ansiogênico. O Dr. Farinazzo orienta que controlemos o tempo nas redes sociais e nos portais de notícias - principalmente sobre Coronavírus. O consumo demasiado desse conteúdo pode aumentar a sensação de ansiedade.
Com o home office, nos esquecemos de fazer as pequenas pausas diárias que são rotineiras quando estamos no escritório. A Dra. Beatriz Lassance, membro do American College of LifeStyle Medicine e do Colégio Brasileiro de Medicina do Estilo de Vida, aconselha investir em pequenas pausas ao longo do dia para descansar a mente: levantar-se da cadeira a cada duas horas, tomar um café ou fazer exercícios laborais para relaxar.
Depois de um dia cansativo de trabalho, um sono de qualidade é fundamental. Um bom sono melhora o humor, aguça o cérebro e dá energia. O trabalho em casa também traz uma sensação de improdutividade. Mas calma: estabeleça um cronograma de atividades para se organizar.
O Dr. Batistella elenca os exercícios físicos como uma parte fundamental para o corpo humano: melhora o fluxo sanguíneo, protege a memória e estimula mudanças químicas no cérebro que contribuem para o aprendizado, humor e pensamento. Ele recomenda levantamento de pesos ou o uso de faixas de resistência, por exemplo, atividades que pode ser feitas em casa.
O mindfullness é uma prática de meditação que ganhou espaço recentemente e é uma boa alternativa para relaxar. Ela auxilia a gerenciar o estresse e a ansiedade, além de melhorar a concentração e a produtividade. Há diversos aplicativos que guiam a meditação. Procure por um espaço tranquilo e atente-se a sua respiração.
"Ouvir música não apenas ajuda você a se sentir mais alerta, mas também pode melhorar sua memória e seu humor. Um dos motivos é que há matemática na música e como uma nota se relaciona com a outra. Seu cérebro tem que trabalhar para dar sentido a essa estrutura. Isso é especialmente verdadeiro para a música que você está ouvindo pela primeira vez”, diz o Dr Batistella.
Ter amigos faz bem a saúde, conta o Dr. Batistella. Uma rede social rica pode reduzir o estresse e a ansiedade, combate a depressão e aumenta a estimulação intelectual. O contato social também ajuda na memória de curto prazo, o poder de se desligar das distrações e a capacidade de manter o foco. Os animais trazem benefícios similares: fazem com que as pessoas se sintam bem, e até estimulam a práticas de exercícios físicos, além de amentarem nossa imunidade e melhorarem nossa frequência cardíaca.