Covid: Queiroga diz que Brasil terá 354 milhões de doses disponíveis para 2022

Ministro disse que Coronavac pode ser incluída na campanha do ano que vem caso a vacina obtenha o registro final da Anvisa

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Marcelo Queiroga

Nesta sexta-feira (8), o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse que 354 milhões de  doses de vacinas estarão disponíveis para a campanha de vacinação contra a Covid-19 de 2022. O chefe da pasta usou os dados da imunização contra a doença para afirmar que a atual campanha é a maior já realizada no Brasil.

Em entrevista coletiva, Queiroga disse ver um cenário positivo para a pandemia no Brasil, afirmou que a campanha de vacinação do ano que vem será eficiente  e que 2022 será marcado pelo "fim da pandemia".

Na tarde de hoje, o país bateu a marca de 600 mil mortos pela Covid-19 . Além do Brasil, apenas os EUA registraram tantos óbitos por causa da doença . A Índia, que possui o terceiro maior número de vítimas devido ao coronavírus, ainda não chegou às 500 mil mortes.

Apesar dos planos, de acordo com o secretário-executivo do ministério, Rodrigo Cruz, ainda há dúvidas que precisam ser esclarecidas para o planejamento da nova campanha, como qual será o público-alvo da imunização, quais vacinas serão incluídas e em quanto tempo será necessária uma reaplicação das doses. "Hoje o mundo não tem essas respostas", disse Cruz.

O ministro também afirmou que pode considerar o uso da Coronavac na vacinação do ano que vem caso o Instituto Butantan consiga o registro definitivo da vacina junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Hoje, o imunizante tem registro para uso emergencial e a avaliação no ministério é que o Butantan tem demorado a fazer o pedido, diferentemente da Pfizer e da Astrazeneca, que já tem registro final.

Nessa quinta-feira (7), o Ministério da Saúde disse à CPI da Covid que a Coronavac não está nos planos para a campanha de vacinação de 2022 , principalmente pela aprovação emergencial e pela "baixa efetividade entre idosos acima de 80 anos", segundo a pasta .

Técnicos do Ministério da Saúde estariam avaliando o custo-benefício de cada vacina e sua efetividade para a compra de novas doses.