Aulas presenciais em SP: Veja dicas para evitar contágio pela covid-19

Sob desconfiança de grande parte dos pais e mães, o retorno das aulas presenciais em escolas públicas de São Paulo começa na próxima segunda-feira (18). Para auxiliar nesse momento de dúvidas, reunimos as dicas do Dr. Marcio Nehab, pediatra e infectologista pediátrico do Instituto Fernandes Figueira/FIOCRUZ e consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) para uma retomada mais segura. Confira!

Vacina!

Segundo o Dr. Nehab, é imprescindível que adolescentes de 12 a 17 anos, já elegíveis para a imunização, sejam vacinados o mais rápido possível. É possível, porém, que os menores, que ainda não podem receber a dose, possam pegar a doença. Por isso a importância nos outros cuidados para mitigar esses efeitos, como o uso de máscaras e a higiene das mãos, como listamos a seguir.

Camila Batista / Semsa

Se tem sintomas, fique em casa

Crianças com qualquer sintoma, seja um resfriado ou dor de barriga, não devem ir à escola. A criança só deve retomar o convívio caso haja liberação de um médico, ou um teste negativo para covid-19.

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Máscaras até para os pequenos

Todas as crianças com mais de 2 anos de idade devem usar máscaras. O ideal é que seja um equipamento confortável, que facilite que a criança se habitue e não o rejeite.

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Tipo de máscara

Máscaras tipo PFF2 ou N95 podem ser desconfortáveis para crianças, por serem feitas para uso de adultos. O ideal, segundo o Dr. Nehab, é a utilização de uma máscara cirúrgica em tamanho adequado e uma de pano por cima.

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Troca de máscaras

Se possível, o especialista orienta que os pais deixem máscaras reserva na bolsa dos estudantes, e forneça dois recipientes: um para que a máscara úmida seja guardada, e um para máscaras limpas. É importante também que dentro da escola os funcionários orientem e relembrem as crianças da necessidade de trocar a máscara usada por um período muito longo.

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Álcool em Gel ou Água e sabão?

Crianças mais velhas e pré-adolescentes conseguem utilizar o álcool de forma adequada. Mas como se trata de um dispositivo caro, que muitas famílias não têm acesso, o Dr. Nehab diz que o ideal é adotar a boa e velha dupla água e sabão. "[Álcool] é uma coisa cara. O melhor é água e sabão, e disponibilizar um lugar adequado para que as crianças façam regularmente essa higiene", diz.

Rovena Rosa/Agência Brasil

Salas arejadas

Os pais podem procurar a direção das escolas para verificar se as escolas estão arejadas. "A sala precisa estar bem ventilada. Se for, ajuda muito. Janelas abertas fazem com que o ar se renove", conta o infectologista. Essa é uma forma de impedir o contágio.

Governo do Estado de São Paulo

Alimentação

É importante que os pais verifiquem como será o momento do lanche dos estudantes. Comer dentro da sala, com o grupo que vai ficar em contato por mais tempo, é o mais indicado. Outras dicas valiosas: levar a própria garrafa de água e copo, para que não haja compartilhamento de objetos pessoais.

Marcos Santos/USP Imagens

Vacinação dos funcionários

Mais que vacinar as crianças, a vacinação dos profissionais da escola é uma preocupação que os pais devem ter, segundo o médico. "É importante que haja uma cobrança para que todos que trabalham na escola estejam vacinados. É uma coisa que pais e responsáveis devem cobrar. Essa cobrança, quando é da comunidade para proteção das crianças, se faz mais eficaz do que simplesmente esperar pela conscientização individual", afirma.

Rovena Rosa/Agência Brasil

Vacina é bem coletivo!

No estado de São Paulo, segundo dados do governo, 90% dos profissionais de educação já tomaram as duas doses ou dose única da vacina; e 90% dos adolescentes de 12 a 17 anos receberam a primeira dose. No sábado (18), os postos estarão abertos das 7h às 19h para aplicar a segunda dose em quem está com a imunização atrasada.

Rovena Rosa/Agência Brasil