Rio: Hospitais podem ter filas de até 3 horas para atender casos leves de gripe

Unidades do setor perceberam um aumento de 30% no atendimento de pacientes com sintomas de Influenza

Foto: Elza Fiuza/Agência Brasil
Rio: Hospitais podem ter filas de até 3 horas para atender casos leves de gripe

Além da rede pública, que registra um  aumento de 400% em casos de gripe nas emergências do estado, os hospitais privados também enfrentam dificuldades para atender o grande volume de pacientes com sintomas de Influenza.

Segundo Graccho Alvim, diretor da Associação de Hospitais Privados do Estado do Rio, em algumas unidades o tempo de espera para atendimento pode à três horas em casos de sintomas mais leves. Ao contrário da Covid-19, entretanto, os pacientes geralmente não precisam ser internados — o que mantém controlada a ocupação de leitos do setor privado.

Alvim conta que o aumento de casos da Influenza já é observado em outras cidades do estado, como em Niterói e na Região Serrana. Há um aumento maior do diagnóstico em crianças e adultos, o que ele credita ser pela volta ao trabalho presencial de grande parte da população. Nas últimas duas semanas o aumento de atendimento nas emergências foi de 30%

"A gente notou esse aumento nos últimos 15 dias e acredita-se que os dois principais fatores são a maior mobilidades da população, além da baixa adesão da vacina da gripe no começo do ano. Algumas unidades levam até três horas para atender os casos,, mas a maioria não gera a internação. Como há a classificação de risco, caso chegue um paciente um pouco mais grave ele terá preferência no atendimento", explica o médico.

Segundo Alvim, além dos sintomas e da forma de prevenção, os novos casos de Influenza trazem de volta um problema vivido durante a pandemia: a exaustão das equipes médicas.

"As equipes estão trabalhando exaustivamente. Estavam preparados para atender um número "X" e houve um aumento expressivo em tão pouco tempo. É exaustivo. Mas apesar da espera é preciso procurar o atendimento para fazer o teste e descartar ou não uma possível infecção da Covid-19. Seja criança, adolescente, adulto ou idoso é preciso fazer essa diferenciação. Vamos conseguir controlar a Influenza com medidas de proteção, como o uso de máscaras, assim como o coronavírus", diz.